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Politica Brasil
Sexta - 02 de Julho de 2004 às 18:41
Por: Itimara Figueiredo

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Sob a ótica de que a linha de fronteira que separa o território brasileiro de outros países vive sob constantes ameaças de invasão por guerrilheiros das Farc e que o espaço aéreo vem sendo utilizado por narcotraficantes, o deputado Silval Barbosa (PMDB) voltou a defender mais investimentos para infra-estrutura das Forças Armadas na proteção da Amazônia. O deputado disse também que é preciso instituir políticas econômica e social que integrem a Amazônia pela ocupação de brasileiros.

A medida se faz necessária para não entregá-la a permanente cobiça internacional, em especial dos países do G-7, que não escondem sua intenção de eliminar ou diminuir a soberania dos países amazônicos sobre as suas riquezas. O problema que é antigo, veio à tona numa reportagem da Revista Isto É Dinheiro, publicada na semana passada.

Silval argumentou que, o número de aviões que trafegam em espaço aéreo brasileiro suspeitos de estarem a serviço de contrabandistas aumentou em 20% desde o início do ano. “Isso é preocupante”, avalia o deputado.

De acordo com o general da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada Barão de Melgaço, Archias Alves de Almeida Neto, a interferência internacional é uma das maiores preocupações do Exército Brasileiro. “Estamos desenvolvendo doutrinas para resistir a uma pretensiosa situação contra a Amazônia. O Brasil não vai abrir mão dela”, afirmou o general.

Ele assegurou que entre as necessidades urgentes está a aquisição de viaturas, armamentos mais modernos, munições e investimentos em equipamentos de comunicação e vestimentas.

No entanto, mesmo com a escassez de recursos, Archias explicou que o Exército Brasileiro está preparando para impedir que possíveis invasões venham ocorrer. Os treinamentos acontecem por intermédio de exercícios que são realizados anualmente no comando da Amazônia. “O Exército emprega a cada ano cerca de 20 mil homens em exercícios constantes, justamente, para que nós possamos estar, não só ocupando a Amazônia fisicamente, como também percorrendo por inteiro a região. Essa prática, realizada em conjunto com a Aeronáutica, Marinha, Ibama e Polícia Federal, serve também para mostrar a presença do Estado dentro da Amazônia”, explicou.

Entre as ações do governo federal para proteger a Amazônia está a transferência da 2ª Brigada de Niterói, no Rio de Janeiro, para São Gabriel da Cachoeira, conhecido também como Cabeça do Cachorro em Roraima e a Operação Timbó II, iniciada no último dia 30, onde cerca de 22 mil soldados fiscalizam ao longo da fronteira. A região já conta com as corporações do Exército espalhadas em pontos estratégicos como as Brigadas de Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Tefé. Além dessas, a Amazônia Legal conta com as Brigadas de Marabá (PA) e Cuiabá.

O deputado afirma que, além de contrabando de drogas e animais na Amazônia, o Brasil sofre grande pressão internacional para expansão de áreas de preservação ambiental e reservas indígenas. Calcula-se que as terras destinadas a preservação indígena na região atinja cerca de 60 milhões de hectares, o que equivale a duas vezes o território de Portugal.

Trabalho Integrado

“Estamos treinando exaustivamente para manter a integridade da Amazônia”, afirmou o general, ao citar a eficácia do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que promove o trabalho conjunto entre as Forças Armadas e secretarias de governo. “É uma prática excelente porque treinamos a tropa sob a coordenação do trabalho integrado com outros setores”, complementou, ao citar que participam do Posto de Apoio a Repressão aos Ilícitos de Fronteira (Parifrom), a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e Forças Armadas.

Na questão dos conflitos com madeireiros ele acredita que da forma que está sendo conduzido pelo Ibama todo controle da madeira e fiscalização que está sendo realizada na Amazônia pode contribuir com a preservação da região. “Porque os interesses são diversos e não podemos esquecer que a preservação da floresta tem que ser feito. E a exploração dela se for feita de forma racional e sustentada será possível que se explore a madeira e também mantê-la viva e saudável”.




Fonte: Assessoria/AL

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