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Politica Brasil
Terça - 29 de Junho de 2004 às 15:31

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O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), demonstrou irritação ao ser perguntado sobre a possibilidade de convocação extraordinária do Congresso em julho.

"Quem falou que vai ter convocação tem que explicar por que vai ter convocação. Já disse e vou repetir: meu trabalho desde o início é para prorrogar a votação da LDO. Vou insistir nisso", disse. Perguntado sobre e conversou com o presidente Lula a respeito, João Paulo complementou: "Nem fui consultado nem informei nada".

Partiu do próprio João Paulo e do líder do Governo Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), no entanto, a hipótese de convocação do Congresso. Embora tenham sempre frisado que farão todo o esforço para evitar o trabalho extraordinário em julho, os dois já sinalizaram que a possibilidade não está descartada. "Se não votarmos tudo até o dia 8, o presidente Lula terá de se utilizar do instrumento da convocação extraordinária", disse Luizinho, na sexta-feira.

A repercussão negativa da medida, entretanto, provocou uma mudança nos discursos. Há pouco, Luizinho também negou que tenha defendido a convocação e assim como João Paulo mostrou-se irritado com o assunto. "Falei sob hipótese, mas com a imprensa não se fala mais em hipóteses que logo vira manchete", queixou-se. Segundo o presidente da Câmara, sua intenção é impor um ritmo mais acelerado de trabalho na Casa para "ver se a gente consegue votar tudo".

As prioridades na Câmara são, além de quatro MPs que trancam a pauta, o projeto de inovação tecnológica, o marco regulatório das agências, a criação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o projeto de incentivos à construção civil. Conforme o líder do Governo, a PEC Paralela da Previdência não está incluída porque ainda depende de consenso.

O assunto convocação é polêmico porque para preencher as fileiras do Congresso no mês que vem será preciso esvaziar os cofres públicos em cerca de R$ 50 milhões. Cada parlamentar receberia três salários, somando R$ 38.160 - valor equivalente a 147 mínimos.




Fonte: Agência Nordeste

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