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Meio Ambiente
Segunda - 28 de Junho de 2004 às 17:28

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Cerca de 48 mil metros cúbicos de madeira confiscados de empresas que operam ilegalmente na Amazônia desapareceram misteriosamente dos depósitos nos quais foram abandonados pelos fiscais do governo. A denúncia foi feita hoje à procuradoria pelo Greenpeace.

Segundo a organização internacional, a madeira desaparecida no estado do Pará está avaliada em R$ 10 milhões (cerca de US$ 3,3 milhões). A carga tinha sido confiscada no ano passado pelos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) numa operação destinada a reprimir madeireiras que derrubam árvores ilegalmente no estado do Pará.

Os fiscais deixaram a madeira apreendida nos depósitos de duas madeireiras no mesmo estado enquanto decidiam o que fazer com a carga.

"Em um vôo realizado no mês passado, o Greenpeace constatou o desaparecimento da carga", diz um comunicado divulgado hoje pelo grupo. A organização também denunciou que, apesar de o governo ter suspendido todas as autorizações para derrubada de madeira na jurisdição do município de Porto de Moz, pelo menos seis balsas carregadas de troncos de árvores saem diariamente da região através do rio Jaurucu.

"Em seu vôo, o Greenpeace filmou o transporte de tratores e máquinas em balsas para as áreas de extração ilegal", acrescenta a nota.

O Greenpeace calcula que a Amazônia, equivalente a dois terços dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território do Brasil, só em 2002 perdeu 24 mil quilômetros quadrados de selva como conseqüência do desmatamento ilegal.

Segundo números oficiais, 23.750 quilômetros quadrados de selva amazônica foram desmatados entre agosto de 2002 e julho de 2003, área um pouco superior aos 23.266 quilômetros devastados entre agosto de 2001 e julho de 2002.

O Ministério do Meio Ambiente calcula que entre 15% e 18% da Amazônia brasileira foi desflorestada desde a década de 70. O ecossistema, onde há uma rica variedade de espécies da fauna e flora, foi castigado pelos cortes ilegais que abrem espaço para imensas plantações de soja e pastagens para o gado.




Fonte: JB Online

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