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Cultura
Segunda - 21 de Junho de 2004 às 08:29
Por: Nelson Francisco

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Chapada dos Guimarães, MT - Centenas de pessoas lotaram a praça principal de Chapada dos Guimarães, nesta sexta-feira (18.06), para assistir o show de uma das mais conceituadas intérpretes da MPB, Zélia Duncan, na abertura do 20º Festival de Inverno. Extensa programação música de qualidade, shows artísticos, atividades e oficinas culturais, cinema, concursos temáticos, campanhas educativas, feira de negócios, seminários, esporte, lazer e turismo segue até o dia 27, na cidade-pólo do ecoturismo, distante 65 quilômetros de Cuiabá.

Participaram da abertura do evento, o secretário Estado de Cultura do Estado, João Carlos Vicente Ferreira, o coordenador do festival, Elias Santos e o secretário-adjunto de Comunicação, João Negrão, que no palco principal deram boas vindas à multidão que se aglomerou na praça e ruas do centro da cidade. “O Governo de Mato Grosso está prestigiando esse maravilhoso evento”, disse João Carlos, antes do show da estrela da MPB.

Nesta edição, os organizadores do evento – prefeitura local, Governo do Estado e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - transformaram o festival num importante pólo de cultura regional com uma programação totalmente diferente dos últimos anos do evento. “O festival está superando todas as nossas expectativas. É um festival para a família”, disse Elias, informando que serão oferecidos mais de 20 cursos, quatro seminários e várias oficiais nos nove dias do festival.

Atenta aos artistas amantes da natureza, a organização do evento escolheu Zélia Duncan para abrir o festival. A cantora confessou que é apaixonada pela Chapada dos Guimarães e durante o espetáculo agradeceu várias vezes por subir ao palco do festival, cujo tema este ano é "Águas do Cerrado: Nascentes e mistérios". “Essa é uma região especial do Brasil. Eu sempre gostei da Chapada, mas hoje minha lembrança será reforçada. Vou embora muito feliz”, disse Zélia.

Com um currículo invejável em seus 23 anos de carreira, a cantora e compositora homenageou Cazuza, Frejat e Raul Seixas no show onde reuniu músicas do titubeante primeiro disco, Zélia Duncan, em álbum autoral de 1995 - onde o apresentou inspirado no repertório calcado no estilo pop folk – até o primoroso disco Eu me Transformo em Outras, último disco da artista. O título alude ao fato de a cantora ter aposentado provisoriamente seu repertório próprio para recriar músicas gravadas por cantoras como Araci Cortes ('Linda Flor'), Aracy de Almeida (o delicioso samba 'Quando Esse Nego Chega') e Elizeth Cardoso ('Doce de Coco' e 'Janelas Abertas').

Quem assistiu o show gostou de ver a artista cantar sucessos como “Não Vá ainda”, “Catedral”, “Nos lençóis”, entre outros. Em entrevista após o show, no começo da madrugada deste sábado (19.06), Zélia demonstrou não ser apenas uma artista amada pelo seu público, como “amadurecida” musicalmente às vésperas de completar 40 anos (em outubro). Neste último trabalho, a cantora dá seu grito de independência ao lançar o primeiro de seu selo e, também, no qual só canta músicas de outros compositores, tanto do passado (como Herivelto Martins, Ataulfo Alves e Wilson Batista) como atuais (José Miguel Wisnik, Lula Queiroga e Luiz Tatit).

“O show foi uma delícia. Olhar esse horizonte não tem igual, as cachoeiras, toda a Chapada. Estou muito feliz de estar rodeada por esse ambiente favorável com muita energia e pureza”, comentou Zélia.

Simpática, a artista distribuiu autógrafos para fãs que os aguarda na saída do camarim. “É uma sensação de prazer muito grande entrar e cantar para as pessoas que querem te ouvir. É uma comunhão. É o que tem que acontecer: eu sou 50% e o público os outros 50%”, disse a artista, para quem nome como Cazuza e Raul Seixas representam “referências, encontros bons”.




Fonte: Secom - MT

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