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Politica Brasil
Sexta - 18 de Junho de 2004 às 08:23

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Por 44 votos a 31, o Senado aprovou a proposta do PFL, estabelecendo um salário mínimo de R$ 275 a partir de 1° de maio. Com a decisão, a medida provisória que fixava o salário em R$ 260 foi derrotada e será enviada de volta à Câmara dos Deputados. Houve uma abstenção, do senador João Motta (PMDB-ES).

Os líderes governistas admitiram a derrota no final da tarde. Por volta das 17h30, o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comunicou que o esforço dos últimos dias para reverter os votos não tinha surtido efeito.

O governo agora pretende reverter na Câmara - onde a MP foi aprovada por 266 votos a 163 - a derrota no Senado. Caso consiga uma nova vitória, o projeto voltaria ao Senado, mais uma vez com o valor de R$ 260. Em caso de outra derrota, ainda restará a opção de Lula vetar o novo salário. Para manter os R$ 275, a oposição teria que derrubar o veto presidencial.

Os aliados do governo calculavam que a derrota ocorreria por cinco ou seis votos, mas os 13 votos de diferença acabaram mostrando o quanto acabou sendo inútil o esforço dos líderes governistas, ministros e até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reverter o voto de alguns senadores.

Senadores de oposição comemoraram a vitória aos gritos de "a minoria é maioria", numa referência aos governistas que votaram a favor da proposta de R$ 275, apresentada por César Borges (PFL-BA). No mesmo momento, o presidente Lula estava reunido no Palácio do Planalto com ministros da coordenação política do governo para avaliar a derrota.

Mercadante: "A maioria no Senado é precária"

Numa entrevista à Globonews, Mercadante admitiu que o governo tem dificuldades em votações no Senado. "A maioria do Senado é precária, sempre foi", afirmou. "Se somados os partidos de oposição, dá para começar o jogo em meio a meio". Segundo ele, em outras votações as vitrórias governistas só foram possíveis graças ao apoio da oposição.

Ele criticou os três senadores do PT que votaram contra o salário de R$ 260, afirmando que não tiveram "solidariedade" com o governo, mas descartou punições imediatas. Também negou que possa haver uma mudança de posição do governo para encampar na Câmara dos Deputados o salário de R$ 275.




Fonte: Terra

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