Madeireiros "seguram" demissões na esperança de governo mudar medida que está fechando indústrias no
Os diretores do Siticon propuseram que os madeireiros passem a dar férias coletivas ou implantem um sistema de banco de horas como forma de evitar mais demissões. Nos últimos 10 dias, cerca de 550 funcionários já foram demitidos. Pelo menos 8 madeireiras no Nortão fecharam por falta de matéria prima. A proposta do banco de horas seria de compensar futuramente as horas que não estão sendo trabalhadas atualmente por falta de matéria prima nas indústrias madeireiras.
Bellincanta disse que a proposta será melhor analisada e que, por enquanto, não deverá haver mais demissões. "Nós orientamos os associados para que não façam mais demissões sem comunicar o sindicato. Estamos negociando e vamos servir como intermediários da empresa e dos funcionários para segurar as demissões pelo menos até termos uma resposta definitiva da AGU (Advocacia Geral da União)", afirmou. A AGU foiacionada na esperança que dê um parecer contrário a essa medida e que seja restabelecida a exigência anterior de averbação de 50% de áreas para extração de madeira.
O setor, no momento, está mobilizado para o grande movimento que será realizado nesta segunda-feira, em Cuiabá, marcando o protesto do setor contra as medidas do Ibama. Os madeireiros começam a seguir para Cuiabá no domingo para, na segunda-feira de manhã, fazer a passeata protestando contra essa medida. Os madeireiros se reuniram ontem à noite e decidiram que mais de 150 carretas/caminhões seguem para a capital. A passeata sairá do Trevo do Lagarto e vai até a superintendência do Ibama onde os madeireiros farão um ato público "ordeiro e pacífico". Eles tentarão ainda um encontro com o governador Blairo Maggi pedindo apoio para mudar essa exigência que tem provocado fechamento de indústrias.
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