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Cultura
Quarta - 16 de Junho de 2004 às 13:25

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Jesus de Nazaré nasceu em Belém no ano 76 a.C, tinha seis irmãos, fruto do primeiro casamento de José, e começou sua atividade pública aos 30 anos, três antes de morrer, segundo a biografia "crítica" do teólogo e presbítero Armand Puig, um dos maiores especialistas europeus em ciências bíblicas.

Por mais de um ano e meio, Puig trabalhou no livro "Jesus, um perfil biográfico", que foi lançado hoje, quarta-feira, e que pretende dar respostas históricas a algumas dúvidas, como por que Jesus Cristo começou sua atividade pública aos 30 anos ou quem foram os responsáveis por sua condenação e execução.

Em entrevista coletiva, o escritor, que é dá aulas sobre o Novo Testamento na Faculdade de Teologia da Catalunha (nordeste espanhol), explicou que quis tratar a figura de Jesus "de um ponto de vista crítico", embora tenha dito que não poderia fazer "de um ponto de visto cético ou apologético".

Puig ressaltou que é cristão, mas que quis que o livro fosse "agradável também para os membros de outras correntes, porque a visão da obra quer ser ecumênica".

O doutor em Teologia e Filosofia Francesc Torralba, que participou do lançamento do livro, considerou que esta é uma obra "sólida, graças ao conhecimento que o autor tem dos textos e do contexto no qual Jesus viveu, mas também pedagógica e fácil de entender".

O livro está divido em seis partes e começa repassando as diferentes fontes, tanto cristãs como não cristãs, que ao longo da história trataram da figura de Jesus.

A obra também aborda o contexto no qual Cristo viveu, na Galiléia, ao passo que no capítulo quarto, Puig se centra no personagem, desde seu nascimento em Belém até seus anos de atividade pública.

O livro também analisa a mensagem de Jesus e ressalta que ele sempre falava de Deus como "pai, não como rei".

Por fim, a obra acaba com a atitude de Jesus diante de sua morte. Para Puig, "a última página de sua existência não é, portanto, sua morte, mas sua vida. Aqui começam a memória e a fé em Jesus, o Cristo, morto e ressuscitado. Aqui começa o Cristianismo".

Diante de considerações como esta, Torralba concluiu que Armand Puig elaborou "um estudo crítico e rigoroso, que tem um distanciamento científico, embora o autor não esconda uma posição favorável ao personagem".

Puig (1953) dirige o Instituto Superior de Ciências Religiosas San Fructuoso, coordenou a Bíblia Catalã Interconfessional e é membro da "Studiorum Novi Testamenti Societas".




Fonte: EFE

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