Maluf se recusa a falar em depoimento no MP

O ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf se recusou a responder as perguntas feitas na Promotoria de Justiça da Cidadania, em São Paulo. Ele usou o direito constitucional de permanecer calado e só falar em âmbito judicial. Maluf está sendo investigado por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, remessa de dinheiro ao exterior e envolvimento com propinas de empreiteiras.

Conforme a SPTV, dois promotores e um procurador da República acompanham o depoimento para confrontar extratos bancários recebidos da Suíça com movimentações de recursos no exterior. Os promotores acreditam que esses recursos foram desviados de obras feitas pela prefeitura. Segundo autoridades suíças, Maluf teria movimentado mais de US$ 300 milhões entre 1994 e 1998.

No início do mês, a Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Maluf, de sua família e oito empresas ligadas ao ex-prefeito. A juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública, Renata Coelho Okida, considerou que existem "indícios testemunhais e documentais da prática de ilícitos administrativos e penais".

O Ministério Público Federal decidiu intimar toda a família Maluf para depor até o fim deste mês.