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Cidades/Geral
Terça - 15 de Junho de 2004 às 12:34

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A Esquadrilha da Fumaça começa hoje, em Cuiabá, uma série de apresentações no centro-oeste e norte do país. O “circuito de missões” irá durar 22 dias e também inclui uma visita à Colômbia. “Serão 16 demonstrações. O circuito terminará dia 5 de julho em Alta Floresta”, explica o capitão-aviador Paulo César Andari, que faz parte da Esquadrilha.

Cada apresentação da Esquadrilha da Fumaça dura cerca de 30 minutos. Nesse tempo os pilotos exibem 24 seqüências com 55 acrobacias. Uma das acrobacias mais conhecidas é o vôo invertido, quando os aviões, em formação, voam de cabeça para baixo. De acordo com o capitão Andari, a Esquadrilha da Fumaça é recordista mundial nesse tipo de acrobacia com 11 aviões em formação.

Em Cuiabá, a apresentação poderá ser vista no Centro de Eventos do Pantanal, às 15h. Sete aviões modelo T-27 Tucano, fabricados no Brasil pela Embraer vão participar da apresentação na capital. Oito aviões estão em Mato Grosso, pois um deles serve como reserva em caso de problema mecânico em outra aeronave. Durante as apresentações os aviões voam na altitude mínima de 70 metros do solo, quando dão rasantes, até 1.500 metros de altura. Um dos pilotos será o locutor da apresentação, informando ao público os tipos de manobras e acrobacias que serão executadas. A apresentação é gratuita.

Os pilotos aterrisaram com os Tucanos no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, por volta de 10h50. As aeronaves vieram de Pirassununga (SP), onde fica a base da Esquadrilha da Fumaça. Foram 3h15 de vôo de lá até Cuiabá. Minutos antes de pousarem no aeroporto Marechal Rondon chegou um avião Hércules da Força Aérea Brasileira, que acompanha a Esquadrilha. “O Hércules é o nosso avião de apoio. Como a missão vai durar 22 dias, nesse avião estão nossos equipamentos e os mecânicos – chamados de Anjos da Guarda”, diz o capitão. O Hércules tem capacidade para transportar até 80 homens armados e equipados. No tanque da aeronave cabem 37 mil litros de combustível. “Também é no Hércules que transportamos o óleo usado para fazer a fumaça dos Tucanos nas apresentações”, diz o capitão Prado. O óleo fica em um compartimento dos aviões Tucano e é bombeado no momento da acrobacia. Então, o óleo é pulverizado em alta temperatura, causando a fumaça.

A Esquadrilha da Fumaça existe desde maio de 1952, quando foi realizada a primeira exibição oficial. Nos 22 anos em que o Tucano é utilizado para as acrobacias da Esquadrilha da Fumaça – desde 1982 -, apenas uma vez houve um acidente fatal. “Foi em 1996, em Santa Catarina. Treinamos muito para minimizar os riscos”, observa o capitão Andari. “Para nós cada apresentação é um vôo que serve para mostramos o grau de treinamento dos nossos pilotos”, complementa.

Para ingressar na Esquadrilha da Fumaça cada piloto precisa ter quatro anos de formação, mais dois anos de especialização e mais três anos como instrutor. “No total são precisos nove anos de experiência para o piloto se candidatar a uma vaga. Depois é feita uma reunião de um conselho, formado por pilotos, que escolhe os novos integrantes”, explica Andari. Cada piloto fica de três a quatro anos na Esquadrilha.




Fonte: Marcy Monteiro Neto

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