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Meio Ambiente
Sexta - 11 de Junho de 2004 às 08:02

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A Universidade de Constança, no sul da Alemanha, retirou o título de doutor do físico de 32 anos Jan Hendrik Schoen depois de várias acusações de fraude durante seu trabalho nos Estados Unidos, informou hoje um porta-voz.

A Universidade adotou essa decisão depois da divulgação de "numerosas manipulações espetaculares" supostamente cometidas por Schoen quando trabalhava nos laboratórios Bell de Murray Hill, no estado de New Jersey. Uma comissão interna dos laboratórios Bell demonstrou em 2002 que Schoen inventou os dados de pelo menos 16 experimentos para torná-los sucessos que atraíssem a atenção mundial.

Schoen estudou em Constança entre 1988 e 1993 e obteve o título de doutor em 1998 com um trabalho sobre células solares. Reconhecido no mundo todo até o ponto de figurar nas últimas apostas dos prêmios Nobel, Schoen publicou em prestigiosas revistas científicas vários artigos "sensacionais" entre 1998 e 2001.

Enquanto isso, as principais revistas científicas anglo-saxônias disputavam seus trabalhos, entre elas a "Science" e a "Nature". "O caso Schoen é o maior escândalo de falsificação da física dos últimos cinqüenta anos", declarou o presidente do comitê de promoção da Universidade de Constança, Wolfgang Dieterich, em comunicado. "Jan Hendrik Schoen danificou fortemente a credibilidade da ciência na opinião pública", acrescentou.

A Lei de Universidades do estado federado alemão de Baden-Württemberg, onde fica Constança, permite retirar o título de um doutor por comportamento "indigno", mesmo anos após sua expedição.




Fonte: Agência EFE

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