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Politica Brasil
Quarta - 09 de Junho de 2004 às 13:40

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de almoço com os líderes da base aliada do governo no Senado. A medida provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260,00 deverá estar na pauta do encontro.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), afirmou que colocará a medida provisória do mínimo na pauta de votação da próxima terça-feira. O relator na Casa será o senador Cesar Borges (PFL-BA), que vai apresentar o mesmo parecer derrotado na Câmara, do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), que fixa o mínimo em R$ 275. O governo quer evitar a presença de todos os 81 senadores na votação, pois teme que assim poderá perder.

Ontem, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, esteve reunido com 23 senadores dos cinco partidos aliados, para quem apresentou os números e justificativas que levaram o governo federal a reajustar o mínimo em R$ 20,00.

No esforço do governo para garantir a aprovação do novo mínimo, Palocci admitiu a possibilidade de incluir medidas de recuperação do valor já no Orçamento de 2005.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) propôs que o governo separasse uma reserva financeira para o salário mínimo no orçamento de 2005, com previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e Palocci recebeu bem a idéia. "Os senadores estão dispostos, assim como o governo, a construir medidas efetivas de combate à pobreza e para o crescimento econômico. É positivo que os compromissos do salário mínimo estejam previstos no Orçamento e eventualmente indicados na LDO", disse o ministro.

Palocci fez críticas diretas aos senadores que se recusam a manter a proposta do governo de elevar o mínimo em R$ 20. Ele argumentou que o poder de compra do mínimo é maior na comparação com o ano passado graças à queda da inflação. O ministro informou também que o governo deve investir mais de R$ 10 bilhões este ano em programas sociais.

Mas parlamentares contrários ao novo valor do mínimo não saíram convencidos do encontro com Palocci. O senador Paulo Paim (PT-RS), que defende o valor de R$ 300,00 para este ano, disse que mantém firme sua disposição de votar contra os R$ 260,00. "Quem já tinha uma postura não mudou. Eu garanto que eu e mais dois senadores do PT não votamos nesse valor", disse Paim. Terra




Fonte: Terra

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