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Internacional
Quinta - 20 de Maio de 2004 às 18:40

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Os homossexuais dos Estados Unidos não poderão ser doadores de sêmen se tiverem mantido relações com outros homens nos últimos cinco anos, segundo uma nova norma aprovada nesta quinta-feira pelas autoridades de saúde.

A Administração de Alimentos e Fármacos (FDA) anunciou as novas diretrizes sobre a doação de tecidos humanos, cujo objetivo é evitar a transmissão de doenças.

Segundo estas diretrizes, doadores de tecidos, células, esperma, óvulos e cartilagens deverão ser submetidos, nos EUA, a uma estrita revisão acerca de doenças contagiosas. O objetivo é prevenir que elas se propagaguem.

As novas diretrizes da FDA entrarão em vigor em 25 de maio de 2005 e pretendem fortalecer a segurança da saúde dos receptores das doações.

Ao contrário do que ocorre na doação voluntária de sangue e de órgãos, a indústria da coleta e da implantação de tecidos carecia, até hoje, de regulamentos adequados.

Os tecidos humanos podem ser portadores de doenças infecciosas, e a forma de consecução e manuseio podem evitar o risco de uma célula contaminada ser transplantada, de acordo com os especialistas que participaram da elaboração das novas normas divulgadas pela FDA.

A FDA sustenta que suas diretrizes, que se somam a outras publicadas em 1994 pelos Centros para o Controle das Doenças (CDC) de Atlanta, na Geórgia, poderiam diminuir consideravelmente os riscos nas doações.

Para isso, a FDA determina que os bancos de tecidos humanos devem examinar os potenciais doadores sobre sinais de doenças contagiosas e determinar, caso seja necessário, a sua rejeição.

Nos EUA, ocorrem uma média de um milhão de transplantes de tecidos humanos anualmente.

As novas normas requerem que os bancos de tecidos humanos façam testes para detectar o vírus do HIV, causador da aids, as hepatites B e C, a sífilis e a doença Creutzfeldt-Jakob, que é a forma humana do mal da "vaca louca". Os possíveis doadores também serão submetidos a exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis, entre elas, a gonorréia.

Além disso, os bancos de tecidos deverão perguntar aos doadores, ou aos familiares dos doadores falecidos, sobre os fatores de risco de infecções, similar às provas realizadas atualmente pelos bancos de sangue.

Os doadores são questionados, por exemplo, se injetaram drogas e, no caso dos homens, se mantiveram relações homossexuais nos últimos cinco anos.

As organizações homossexuais reagiram à medida. Uma delas, a Lambda Legal, disse que "não há absolutamente nada na proposta que esteja baseado na ciência ou na medicina. Esta é uma política baseada na intolerância".

Em comunicado, o diretor da FDA, Lester Crawford, assinalou que as normas ajudarão que os diversos tipos de tecidos sejam tão seguros quanto possível.

"Conseguimos isto adaptando as normas ao nível do risco que cada produto supõe", assegurou.




Fonte: Agência EFE

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