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Quarta - 19 de Maio de 2004 às 17:10
Por: Antônio de Souza

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Brasnorte, MT - Aos 72 anos, a se completarem no dia 19 de agosto, o pecuarista gaúcho Domingos Passamani tem muita história para contar sobre Brasnorte. Quando pisou em solo brasnortense, ao desembarcar de um avião que o trouxe da cidade de Cascavel (Oeste do Estado do Paraná), no dia 22 de março de 1978, ele o fez com a disposição de ajudar no processo de colonização, que, 26 anos depois, conduziria o Município em direção ao progresso e ao desenvolvimento. Hoje, Passamani comemora o fato de o Município que ajudou a fundar estar prestes a se transformar na mais nova fronteira agrícola de Mato Grosso.

Ele conta que no dia 1º de agosto de 1978, o colonizador paranaense Adão Bueno chegou, inaugurando o lugar. Seu filho, Adão Passamani (ex-vereador e técnico agropecuarista, morto no começo deste ano), assentou um acampamento na margem esquerda do Rio Cravari, a 22 do mesmo mês. Quando nada, assentava a base de operação de uma estrada pioneira para Brasnorte, a MT-170. As primeiras casas foram construídas com madeira que subia em balsa pelos Rios Sangue e Cravari. A primeira serraria foi instalada em 1979.

“Cheguei de mudança. Naquela época, quando vim para cá, eu trouxe o aparelho para locar estrada e o patrimônio. Depois, foi entrando gente, vindo serraria. Instalei um comércio – o primeiro comércio foi meu. Eu trazia mercadoria de Tangará da Serra. Tudo vivia na dependência de Tangará, não existia outra cidade por aqui. Foi chegando gente, chegando gente... Até que, com o passar do tempo, isso aqui virou Município”, relata Domingos Passamani, que, depois, deixou de ser comerciante para cuidar de uma fazenda adquirida ao longo do tempo.

A certeza do crescimento de Brasnorte ganhou corpo a partir da chegada de grandes empresas, principalmente aquelas ligadas ao agronegócio. Entre 1979 e 2000, segundo ele, o desenvolvimento do Município entrou num processo de estagnação, levando em conta, principalmente, o abandono a que foi relegado pelos Governos do Estado e do Município. “Foi uma época difícil e que acabou servindo como uma herança amarga para a prefeita Isolete Rodrigues, pois ela assumiu, em 2001, com seis meses de salários do funcionalismo municipal em atraso e uma Prefeitura completamente sucateada”, revela o pioneiro.

Hoje, segundo ele, com a gestão da prefeita Isolete Rodrigues e em função da parceria com o Governo Blairo Maggi, o Município já tem asfalto em parte da área urbana, casas populares que beneficiam famílias carentes, novas escolas, energia elétrica, construção do Fórum para a instalação da Comarca do Município, além de reforma do Hospital Municipal. “Se há asfalto na área urbana do Município, isso é resultado do trabalho do ex-prefeito, Alair Rodrigues (PFL), que administrou a cidade de 93 a 96”, diz Passamani.

O advento das lavouras de soja, na visão de Domingos Passamani, vai impulsionar a economia local – por conseqüência, o desenvolvimento do Município. Ele atribui essa mudança de rota da economia regional às ações do governador Blairo Maggi, que ao desenvolver parcerias com a Prefeitura e “ao se mostrar um administrador de visão”, se comprometeu com o asfaltamento da MT-170 e, por conseqüência, está contribuindo para que se escreva uma nova página na história de Brasnorte.

Segundo Passamani, a extração de madeira já está em fase de declínio. A soja vai transformar Brasnorte numa nova opção de investimento. Nos últimos seis meses, a terra valorizou, o preço subiu em demasia. Quem comprava, nesse período, um alqueire de terra por R$ 300 a R$ 400, hoje não o faz por menos de R$ 8 mil.

Nascido em São Francisco de Assis (RS), na Fazenda Santa Tereza, que pertenceu a Protásio Vargas, irmão do ex-presidente Getúlio Vargas, Domingos Passamani é, hoje, uma lenda viva em Brasnorte. Com a mulher, Irene, tem quatro filhos, que lhe deram 12 netos e quatro bisnetos, os quais, conforme faz questão de acentuar, serão alguns dos responsáveis pela nova página na qual será escrita outra fase da história do Município




Fonte: Secom - MT

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