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Politica Brasil
Terça - 04 de Maio de 2004 às 09:13
Por: Rubens de Souza

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Tudo não passou de encenação política: a candidatura de Marcelo de Oliveira, ou melhor, a pré-candidatura de Marcelo de Oliveira não passou de um jogo nas mãos dos líderes do PMDB. Evidentemente, todos negam, Carlos Bezerra, Totó Parente e demais “pares”, mas o emprego que reabilitou Bezerra para a vida política assegurado por Lula falou mais alto. Nas próximas horas, Marcelo oficializa sua saída da disputa e o partido lança o seu candidato próprio, o vereador Totó Parente – escolhido para o “sacrifício”.

Se for para o “sacrifício”, em nome do projeto nacional do PMDB, que é de lançar candidato próprio em todas as capitais. A disposição mais clara neste momento, de acordo com a relação política, é de que o PMDB acabe “migrando” para uma composição política com o PT, que já tem o PcdoB como aliado. A direção petista no Estado não esconde o desejo de ter o PMDB como aliado. Essa situação, no entanto, só será definida mais à frente.

Durante todo o dia desta segunda-feira, os peemedebista mais próximo do centro de decisão buscaram formas para “justificar” o porquê de o partido fazer uma opção por Totó Parente em lugar de Marcelo de Oliveira. O vereador Milton Rodrigues, por exemplo, chegou a mencionar uma suposta pesquisa de opinião que mostra o seu colega de assento no Legislativo Municipal como estando com melhor desempenho. O nome de Marcelo foi lançado há menos de duas semanas.

Além do acordo com o PT – que Bezerra e seus seguidores negam – o PMDB tem um outro bom motivo para “fritar” a candidatura de Marcelo: o poder de comando no Estado. O nome de Marcelo surgiu forte no meio político depois que a pré-candidatura de Carlos Brito no PPS acabou não vingando do jeito que se imaginava. Foi uma espécie de reação do Palácio Paiaguás ao nome de Sérgio Ricardo, que, em tese, “ganhou” a disputa. Marcelo agrava vários segmentos palacianos.

No PMDB, de acordo com fontes próximas ao ex-senador, se a candidatura de Marcelo passasse pelo crivo eleitoral iria abrir uma brecha para o ingresso do governador Blairo Maggi e seu grupo. Esse entendimento, inclusive, vinha sendo mantido com líderes peemedebista no cenário nacional. O próprio Maggi admitiu que pretende deixar o PPS no final do ano, após as eleições, em busca de uma sigla maior que possa acomodar seu projeto político. “Foi uma resposta firma do senador Bezerra” – contou a fonte, ao avaliar o quadro.




Fonte: 24 HorasNews

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