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Cultura
Segunda - 03 de Maio de 2004 às 18:50
Por: Naiara Martins

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Localizado a 101 Km de Cuiabá, Santo Antonio do Rio de Baixo, como foi inicialmente nomeado, tem sua historia marcada pelo inicio do século XVIII, sendo seus primeiros habitantes integrantes de bandeiras que percorreram o rio Cuiabá perseguindo índios. Estes pioneiros permaneceram no lugar seduzidos pela fertilidade do solo que margeava o rio, sendo a abundância da caça e da pesca, fatores preponderantes para o surgimento dos primeiros povoados.

As primeiras entradas de bandeirantes na região de Cuiabá ocorreram a partir de 1718, com a descoberta de ouro no ano seguinte pela bandeira de Pascoal Moreira Cabral, que propiciou um rápido povoamento da região atraídos pela possibilidade de riqueza fácil.

A partir da descoberta aurífera e, sendo Mato Grosso província de São Paulo, a sede dos bandeirantes pela extração do metal deflagrou uma verdadeira caça aos índios. Várias etnias indígenas como os Bororos, Paiaguás, Guaikuru e Kaiapó, passaram a ser perseguidas pelos portugueses, que identificavam neles mão-de-obra escrava.

Na localidade, o povo se dedicava a agricultura explorando a cana-de-açúcar, que fez o município conhecer o progresso ao atrair a implantação de 12 fábricas de açúcar e aguardente e vários engenhos de rapadura.

A Usina Itaicy, construída pelo coronel Antonio Paes de Barros – o Totó Paes – foi um marcante empreendimento industrial do século XIX, cujas ruínas atestam a imponente construção secular e o montante de investimentos aplicados pelos velhos coronéis de açúcar.

O decreto lei nº 208 de 26 de outubro de 1938, altera a denominação de Santo Antonio do Rio de Baixo para Santo Antonio. Logo depois o decreto nº 545 de 31 de dezembro de 1943, altera a denominação de Santo Antonio para Leverger; por fim, a lei 132 de 30 de setembro de 1948, altera definitivamente a denominação para Santo Antonio do Leverger, atual denominação, em homenagem ao almirante Augusto Leverger, de origem francesa que governou o Estado de Mato Grosso por cinco vezes.

PANTANAL - O Pantanal é uma região propícia a criação de gado, pela existência de grandes extensões de pastagens naturais e, pela alta fertilidade do solo. A planície pantaneira é formada predominantemente por sangradouros, córregos que apresentam diques marginais pouco desenvolvidos e cobertos por mata ciliar. Podem ligar baías a rios e rios a rios, servindo como corredores de imigração para peixes na vazante.

E pelos corixos, canais naturais estreitos e pouco profundos com escoamento temporário, funcionam como habitat para o desenvolvimento de alevinos no período da estiagem. Essas formações são responsáveis pelo aparecimento e permanência das baías, áreas sempre aquáticas.

Assim como a planície pantaneira, os habitantes do Pantanal mato-grossense também possuem características peculiares que se adaptam e evoluem de acordo com o ritmo das águas, como os ribeirinhos, povos que vivem a beira dos rios com maior identificação com a água do que com a terra, tendo na pesca sua principal atividade econômica, apoiado pela agricultura de várzea. E os pantaneiros, categoria associada a grandes fazendas do Pantanal, ao gado numeroso e a riqueza.

Tanto a pecuária quanto a pesca pantaneira, têm sua sobrevivência ligada estreitamente ao correr das águas do Rio Cuiabá, que alaga as baías mimoseanas. O rio Cuiabá localizado a margem esquerda do rio Paraguai, drena uma bacia de 100.00 Km2 , o que significa cerca de 20% da bacia do Alto Paraguai. Da cabeceira à foz, abrange cerca de 828 Km, percorridos em sua maior extensão na direção norte-sul.




Fonte: Secom - MT

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