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Politica Brasil
Domingo - 25 de Abril de 2004 às 19:31
Por: Romilson Dourado

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Com apenas três anos de emancipação política, Bom Jesus do Araguaia (a 1.028 km de Cuiabá) registra uma situação inédita no Estado. Em meio a tragédias e cassação de mandato, o município de 8 mil habitantes está sob comando do quarto prefeito, que foi eleito vice numa eleição para mandato tampão realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral no ano passado. No pleito deste ano, será escolhido o quinto prefeito.

O primeiro, Marco Aurélio Furlin (PSDB), já se elege nas urnas de 2000 sem o vice da chapa, José Humárcio, o Marcinho (PPS), que faleceu num acidente. Em dezembro de 2002, Furlin também morre após uma colisão de veículos.

Com a vacância da cadeira, assume a prefeitura, por um período de três meses, o então presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Olavo de Farias (ex-PSDB e hoje PSB). Em março do ano passado, o TRE convoca os eleitores de Bom Jesus do Araguaia para uma nova eleição. A chapa do fiscal fazendário Osmar Kallil Botelho Filho, o Mazinho (PMN), é eleita, tendo como vice o administrador de fazendas Gervásio Abreu de Carvalho (ex-PSDB e hoje no PTB).

Oito meses depois, Mazinho é afastado pela Justiça, que acatou denúncia do Ministério Público por desvio de recursos do Fundef. Em seguida, a Câmara cassa o seu mandato em definitivo por uma série de irregularidades. No dia 11 de novembro do ano passado, Gervásio toma posse como prefeito.

"Peguei a prefeitura atolada em dívidas. Só de salários, o atraso variava entre quatro e sete folhas", conta o atual prefeito Gervásio, que deve concorrer à reeleição. O município, que arrecada em média R$ 300 mil mensais, tem cerca de 180 servidores cuja folha gira em torno de R$ 80 mil. Ele cita que herdou quase R$ 1 milhão de dívidas com fornecedores, pagas com 213 cheques sem fundo assinados pelo seu antecessor Mazinho, de quem foi vice. "O município estava ingovernável e, aos poucos, estamos retomando as atividades. Queremos buscar a normalidade e a legalidade administrativa", diz o prefeito.




Fonte: A Gazeta

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