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Politica Brasil
Sexta - 23 de Abril de 2004 às 12:12
Por: Carlos Franco

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São Paulo - O ex-ministro da Agricultura Marcus Vinicius Pratini de Moraes não aguardou a resposta do governo brasileiro à revista inglesa The Economist e enviou ele mesmo um pedido de retratação. A revista publicou na semana passada a informação de que o gado e a soja estariam "comendo" a Floresta Amazônica e, por isso, sugeriu que países ricos deveriam evitar importar esses dois produtos brasileiros.

"Há um desconhecimento absurdo entre a Amazônia Legal, que engloba Estados produtores de carne e soja como o Mato Grosso, e a Floresta Amazônica, onde não há possibilidade de produção e escoamento de soja e gado", disse o ex-ministro, hoje presidente da Associação Brasileiras das Indústrias de Exportação de Carnes.

"O agronegócio brasileiro hoje cultiva uma área de 200 milhões de hectares e dispõe de outros 100 milhões de hectares para uso, sem que seja necessário tocar um dedo na Amazônia."

Países concorrentes

Para Pratini, as informações erradas, "muitas vezes repetidas por organizações não-governamentais ligadas ao meio ambiente, estão a serviço de países concorrentes do Brasil nas exportações de carnes e ocorrem, coincidentemente, no momento em que o País, por meio do Mercosul, iniciará o debate em torno da corrente de comércio com a União Européia".

O ex-ministro afirmou que os países ricos gastam hoje US$ 1 bilhão por dia em subsídios com a agricultura de seus países. "Dinheiro que é pago por exportadores como o Brasil, que apresentam níveis de produtividade elevado, resultado de pesquisa genética e melhoria dos processos no campo."

E destacou: enquanto o custo para produção de um quilo de carne bovina no Brasil gira em torno de US$ 1, nos Estados Unidos fica em US$ 1,90.




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