Assassinatos demonstraram crueldade de seguranças da fazenda

Ainda na madrugada de domingo para segunda-feira (22), policiais da PM e da DHPP prenderam Carlos Sérgio de André, o “Pezão”. O segurança, que também servia como motorista, ainda tentou negar, alegando que trabalhava no local há menos de 15 dias, mas resolveu abrir o jogo e entregou todos os envolvidos.

Dias depois, para surpresa da Polícia, o segurança Aderval José dos Santos, o “Paraíba”, resolveu se entregar. Consciente de que as investigações já haviam identificados todos os envolvidos, além de confessar sua participação nas mortes, “Paraíba” ainda relevou todo o esquema da chacina e de outros crimes.

Foi através de “Paraíba” que o delegado Massao colocou no papel depoimentos e provas materiais, inclusive algumas armas usadas na chacina. Contou o pistoleiro, quem deu o primeiro tiro e matou matou Itamar foi Valdinei, que usou uma carabina. Ao cair, os seguranças prenderam Areli, José e Pedro, todos amarados.

Depois das prisões, Noreci Ferreira, o “Capitão do Mar”, ligou para Joilson: “Matamos uma capivara e três outras três amarradas. Se quiser pode trazer uma faca para tirar o couro”. O texto faz parte dos autos do inquérito e do relatório que está sendo enviado ao Fórum.

Contou ainda “Paraíba”, que ao chegar a fazenda por volta das 21 horas de Domingo em uma camioeneta Mitsubishi, Joilson resolveu, primeiro afogar Areli, josé e Pedro, quando voltou a falar para seus cúmplices: “Já que tem um morto, vamos ter que matar todos para não deixar pistas”. Palavras que também estão nos autos.

“As investigações da chacina estão concluídas e o inquérito encerrado. Agora vamos enviá-lo ao Fórum Criminal juntamente com o relatório e com as oito representações de prisões preventivas, pois as temporárias estão terminando hoje”, afirmou o delegado Massao, presidente do inquérito.