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Meio Ambiente
Quarta - 14 de Abril de 2004 às 13:52

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O El Niño é mais previsível do que se imaginava. Um grupo de pesquisadores norte-americanos desenvolveu um modelo para antecipar em até dois anos as mudanças climáticas ligadas ao fenômeno.

O trabalho pode ajudar os governos de todo mundo a se preparar para as secas ou as chuvas torrenciais que afetam diversas regiões do planeta em decorrência do aquecimento periódico do Oceano Pacífico equatorial.

Os métodos existentes até agora para prever o fenômeno eram limitados. Em 1997, quando o El Niño causou prejuízos da ordem de US$ 20 bilhões em todo o mundo, os meteorologistas só conseguiram identificar o fenômeno com poucos meses de antecedência.

Com a ajuda de um computador, os pesquisadores da Universidade de Columbia associaram a temperatura da superfície do mar a ocorrências recentes do El Niño entre 1980 e 2000 e conseguiram detectar manifestações do fenômeno até de 1857.

O trabalho será publicado na edição de amanhã da revista "Nature". De acordo com Dake Chen, do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, o novo método "torna possível prever o El Niño com muita antecedência".

Chen ainda afirma que sua equipe não identificou nenhum acontecimento grave relacionado ao El Niño nos próximos dois anos, embora seja possível a ocorrência de um pequeno aquecimento no final deste ano.

O fenômeno

O El Niño tende a se desenvolver entre os meses de abril e junho, atingindo seu pico entre dezembro e fevereiro. O aquecimento dura de nove a 12 meses, ocorrendo em ciclos que variam de dois a sete anos.

O fenômeno acontece quando a temperatura da superfície do mar no oeste tropical do Oceano Pacífico é mais quente do que o normal. Os ventos predominantes no sentido leste-oeste cessam, o que contribui para o aquecimento das águas na porção ocidental do oceano.

O fenômeno tem efeitos no clima, provocando nevascas e deslizamentos na América do Sul, seca na região meridional da África, uma fraca temporada de furacões no Atlântico e incêndios florestais na Indonésia.

As alterações no clima são tão abruptas que as plantações e as migrações de peixes são afetadas, tendo um efeito dramático na vida humana.




Fonte: Agência Lusa

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