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Cultura
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 15:05

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O CineSesc exibe este mês a mostra Humberto Mauro, que começa dia 13 de abril e terminará no dia 2 de maio. As sessões serão exibidas de terça a domingo, às 17h e às 19h, com entrada gratuita. Nas quartas e sextas, às 13h, haverá exibição de títulos da mostra na sessão especial "Hora do Almoço".

Humberto Duarte Mauro nasceu no dia 30 de abril de 1897, em uma fazenda de Volta Grande, perto de Cataguases, na Zona da Mata do estado de Minas Gerais. Ele nasceu dois anos depois da histórica sessão cinematográfica promovida pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, em Paris, na França. Mauro tinha 26 anos quando se interessou por cinema. Gostava dos seriados e dos filmes de aventura e imaginava que fazer cinema não era algo assim tão difícil.

Em 1925, Mauro e o fotógrafo italiano Pedro Comello realizaram em Cataguases o primeiro filme, Valadião, o Cratera. Depois, apoiados pelo comerciante Homero Cortes Domingues, iniciaram a produção de Os três irmãos, que não chegou a ser concluído. Com a adesão de Agenor Cortes de Barros, a equipe formalizou a criação da empresa produtora Phebo Sul America Film.

O primeiro filme da empresa foi Na primavera da vida, dirigido por Mauro em 1926. Com ele surgiu a primeira musa do cinema brasileiro, Eva Nil, filha de Pedro Comello, que abandonou a carreira artística rapidamente. O filme seguinte, Thesouro perdido, foi um dos preferidos de Mauro. No elenco, além da mulher dele que trabalhou com o pseudônimo de Lola Lys, em sua única incursão cinematográfica, atuou o irmão Chiquinho, no papel de galã, e o próprio cineasta, interpretando o vilão.

Foi nessa ocasião que Comello deixou de participar da equipe e Mauro, juntamente com os outros dois sócios, decidiram transformar a produtora em sociedade anônima para captar recursos. Mauro seguiu filmando. Em 1929 lançou Braza dormida, depois o curta-metragem Symphonia de Cataguases, e Sangue mineiro, longa-metragem concluído com o auxílio da atriz e produtora Carmen Santos, que estreou em janeiro de 1930.

Entre 1934 e 1935, filmou As sete maravilhas do Rio de Janeiro, Inauguração da Sétima Feira Internacional de Amostras da Cidade do Rio de Janeiro, General Osório e Pedro II. A partir de então, Mauro nunca mais parou de filmar. Fosse ficção ou documentário. Em 1935, com a colaboração de Henrique Pongetti, realizou Favela dos meus amores, com trilha musical de Ary Barroso, Custódio Mesquita, Sílvio Caldas e Orestes Barbosa. Cidade mulher, de 1936, com enredo de Pongetti, contou com a única trilha sonora escrita por Noel Rosa para o cinema. Também no mesmo ano, Mauro fotografou o filme Grito da mocidade, de Raoul Roulien. Ainda em 1936, Humberto Mauro ingressou no Instituto Nacional do Cinema Educativo – INCE, fundado por Edgar Roquette-Pinto, onde realizou mais de 300 filmes documentários. Nas raras interrupções em suas tarefas no INCE, Mauro filmou os longas-metragens de ficção.




Fonte: RMT Online

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