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Polícia Brasil
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 13:08
Por: Carlos Martins

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Em relação ao processo que João Arcanjo Ribeiro responde como mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão, a juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, titular da 12ª Vara Criminal, já enviou carta rogatória à Secretaria Nacional de Justiça, em Brasília. A carta, já traduzida para o Espanhol, será encaminhada às autoridades uruguaias. Após a citação de Arcanjo e o seu interrogatório, efetivamente terá início a ação penal contra o “comendador” que, segundo as investigações, mandou matar Sávio porque este estava prejudicando negócios a partir de reportagens publicadas em seu jornal.

Após a juíza receber a carta rogatória, a defesa de Arcanjo deve apresentar a defesa prévia e arrolar as testemunhas. As testemunhas do Ministério Público também já estão definidas. A juíza irá ouvir o depoimento das testemunhas arroladas pelo promotor criminal João Augusto Gadelha, que são o delegado Luciano Inácio da Silva, titular do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que presidiu o inquérito, e o ex-diretor geral do jornal Folha do Estado, Ciro Braga Neto.

Na 1ª Vara Federal há ainda o quinto processo contra Arcanjo e que resultou em mais um pedido de prisão preventiva no dia 27 de maio do ano passado. Refere-se a contas encontradas em bancos suíços em seu nome e nos de Luiz Alberto Dondo Gonçalves (depósito de US$ 124 mil) e do delegado aposentado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Alair Fernando das Neves (cerca de US$ 500 mil). Nesse processo Dondo foi condenado a 9 anos e 10 meses e Alair a 10 anos e 10 meses. Em relação a Arcanjo, foram arroladas duas testemunhas na Suíça que serão ouvidas por carta rogatória. Também existem testemunhas no Uruguai. Sobre esse crime, o procurador federal suíço Christian Coquoz virá à América do Sul ouvir Alair e Dondo no Brasil, além de Arcanjo no Uruguai.

As cartas foram expedidas e o juízo está no aguardo destas cartas para chegar, então, na fase de alegações finais. Já na 3ª Vara Federal, presidida pelo juiz César Augusto Bearsi, tramitam duas ações. Na primeira Arcanjo responde a processo referente às máquinas caça-níqueis e contrabando de componentes usados nas máquinas e pelas mortes de Rivelino Brunini e de Fauze Rachid Jaudy assassinados em 5 de junho de 2002, além da tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes. O Outro processo refere-se a crime contra a ordem tributária (sonegação fiscal), por meio da empresa Itatiaia Grãos. Estes processos estão na fase de alegações finais.




Fonte: Diário de Cuiabá

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