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Internacional
Domingo - 04 de Abril de 2004 às 17:59
Por: Onofre Ribeiro

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Li nos jornais de ontem declaração do empresário Jorge Pires, pré-candidato a prefeito de Cuiabá pelo PFL, que abriria mão de sua candidatura para o atual secretário de Obras da prefeitura de Cuiabá, Marcelo de Oliveira,

Achei a declaração espontânea demais e esquisita. Fiz alguns telefonemas e ouvi mais ou menos o seguinte:

1- Marcelo é filiado ao PMDB, mas é muito fiel ao prefeito Roberto França que, no fundo, gostaria de tê-lo como o seu sucessor. Mas foi o próprio Marcelo quem não quis. Quando Jorge Pires diz que abriria mão para ele, está admitindo que abre mão para o PMDB e para o prefeito Roberto França;

2- mas no fundo, o que ele dizer é que por detrás da declaração existem intenções mal-escondidas do prefeito Roberto França, que hoje patrocina a candidatura do deputado estadual Sergio Ricardo, do seu partido, o PPS;

3- o que ele gostaria mesmo é que Marcelo de Oliveira fosse o candidato a prefeito, com o seu apoio no primeiro turno, com a óbvia “queimação” do deputado Sergio Ricardo. Ontem perguntei ao deputado Sergio Ricardo se ele confia plenamente no prefeito Roberto França e ele garantiu-me que sim, em 100 por cento e que não receia traições;

4- na visão de outras pessoas, o risco de traição existe na medida em que sendo Marcelo o candidato a prefeito pelo PMDB, ele o apoiaria em detrimento de Sergio Ricardo, e de olho na coligação com o deputado federal Wilson Santos no segundo turno;

5- Dentro do PPS e fora, com quem conversei a respeito acham que o prefeito França está construindo um caminho passo a passo, nessa direção. No fundo, dizem, a rigor Sergio Ricardo não lhe interessa como candidato;

6- sobre o PMDB de Marcelo de Oliveira, questiona-se o seu completo desligamento histórico do processo eleitoral em Cuiabá, especialmente em relação ao atual PPS. Por isso, fala-se tanto em manobra em relação ao deputado Sergio Ricardo;

7- o fato do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, ter dito que ficará fora dos palanques até mesmo do seu partido, indica que o prefeito França conduzirá as eleições em Cuiabá sozinho e sob sua total responsabilidade. Logo, o que fizer será bem feito na direção do Palácio Paiaguás. E o governador nada ganhará com isso, a não ser “andar de arrasto” no processo posteriormente ;

8- Por fim, a prevalecer as hipóteses levantadas acima, Marcelo de Oliveira acabaria como vice-prefeito na chapa de Wilson Santos e tudo terminaria de maneira confiável para o atual prefeito de Cuiabá.

9- uma última hipótese seria prevalecer a candidatura Jorge Pires. Bom, aí seria outra conversa mais longa, porque refletiria muito forte no quadro de composições partidárias. * Onofre Ribeiro - È jornalista em Cuiabá e escreve para o Reporter News. www.onofreribeiro.com.br




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