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Terça - 21 de Janeiro de 2014 às 08:12

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Em Várzea Grande, a polícia registrou 927 roubos de motocicletas, 2,5 ao dia, em 2013. Esse índice representa mais que o dobro de Cuiabá, onde ocorreram 423 assaltos.

Lá, o número de furtos de motos não representa nem 20% dos assaltos. De acordo com as estatísticas, em 2013 foram furtadas apenas 166 motos, o que poderia levar a entender que os ladrões não querem mais aproveitar a ausência ou descuido dos motoqueiros para levar os veículos.

Já em Cuiabá praticamente não existiu diferença entre o número de roubos e furtos no ano passado. Foram 423 roubos e 422 furtos, apontam os gráficos do setor de estatística da Polícia Judiciária Civil(PJC).

Em Várzea Grande, o uso de violência contra motoqueiros é uma situação verificada há um bom tempo. A comparação com as estatísticas dos últimos três anos mostra o crescimento da ação criminosa.

Em 2011, por exemplo, foram roubadas 548 motos, o que representou 117 ocorrências a mais que em Cuiabá, onde os bandidos usaram arma e outras formas de violência para tomar 431 motos. No ano seguinte, 2012, os assaltos subiram para 695, um aumento de mais de 20% em relação ao ano anterior. Já em Cuiabá, o índice registrou uma queda com percentual semelhante, despencando de 431 para 325.

Em Várzea Grande, a frota de motocicletas e motonetas represente menos da metade da cuiabana. Enquanto lá são 45.810 motos e motonetas licenciadas pelo Detran, de acordo com dados do Renaest(Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito), em Cuiabá são 91.283 motocicletas.

Os ladrões de moto estão agindo com tanto abuso que nem usam arma para roubar a moto. Um empurrão para jogar o motoqueiro no chão e aproveitar para fugir da moto vem sendo uma prática comum, conforme o próprio delegado da Especializada de Roubos e Furtos de Veículos(Derfv), Antônio Carlos Garcia.

A ocorrência de extorsão, ou seja, cobrança de determinado valor para devolver a moto, tornou-se cada dia mais comum entre os ladrões de motos. A “negociação” é feita do celular da vítima, levado junto com a moto. O bandido, ao receber uma ligação da própria vítima, parente ou amigo, exige uma quantia para devolver a moto.

“A vítima, no desespero de reaver a moto, paga e muitas vezes não tem a tem de volta”, diz o delegado Garcia. O conselho dele é que a vítima peça para a polícia fazer o monitoramento do ladrão, simulando uma negociação que possa resultar na prisão do bandido e recuperação do veículo.

De acordo com o delegado Garcia, o excesso de quebra-molas e a precariedade das ruas, com muitos buracos, contribuem bastante para o alto índice de roubo de motos em Várzea Grande. Os motoqueiros reduzem a velocidade para passar pelos buracos e quebras-molas e são surpreendidos por ladrões.

Antônio Carlos Garcia revelou ainda, que muitas motos roubadas são revendidas em cidade do interior onde circulam com placa dublê e documentação falsa. Também está se tornando comum, diz, atravessá-la para a Bolívia, onde provavelmente são comercializadas.

Semana passada, informou o delegado, duas motos modelo Biz foram apreendidas na carroceria de uma caminhoneta que ficou parada no atoleiro perto da cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade(530 km de Cuiabá), a poucos quilômetros da fronteira com a Bolívia. Situação similar havia ocorrido dias antes, na mesma região.





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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