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Copa 2014
Segunda - 17 de Fevereiro de 2014 às 09:43

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Olhar Direto

Na mira da mídia internacional por causa da repercussão da notícia publicada pela agência de notícias Reuters, de que o incêndio ocorrido em outubro de 2013 pode ter abalado a estrutura da Arena Pantanal, Cuiabá pode enfrentar um período tenso nos próximos dias. Até que seja realizada uma nova vistoria – que deve acontecer nesta segunda-feira - para verificar a situação do novo estádio, a presença de Cuiabá na Copa se transformará em uma incógnita. A Secopa nega que haja qualquer problema estrutural na arena.

Segundo a agência Reuters, um inspetor independente vai analisar os possíveis danos estruturais causados pelo incêndio de outubro de 2013. A agência se baseia em um relatório mostrando que o incêndio foi muito pior do que o governo admitiu anteriormente. “Oconcreto foi completamente desfragmentado”, diz o texto que ainda sugere: "foi enfatizado que a perda de resistência desses elementos poderia comprometer a estabilidade geral da construção".

De acordo com a Reuters, o inspetor que tem visita prevista para hoje à tarde, fará um relatório para a Fifa e para as autoridades brasileiras, informou a porta-voz da Fifa, Delia Fischer. Ela ressalta que serão observadas as alegações de que o incêndio causou danos estruturais no estádio que poderiam comprometer a estabilidade global da construção, segundo um relatório dos procuradores da República em Mato Grosso.

Foi preparado um documento de 18 páginas, escrito em dezembro com base numa inspeção do engenheiro civil Jonathan Almeida Nery, com fotos que ele afirma ser de concreto rachado nos pilares do estádio, bem como danos menos graves para a sua estrutura de aço. Não ficou claro se os danos descritos no relatório já foram corrigidos. 

Na época do incêndio, o Governo do Estado argumentou que o fogo que atingiu placas de isopor, não causou danos estruturais. O incêndio teria sido criminoso. Os investigadores acreditam que o fogo começou com isopor e que foi "de natureza criminosa". O caso ainda está sendo investigado.

Conforme a Reuters, os procuradores federais disseram que abririam sua própria investigação sobre o incêndio com base no relatório dos procuradores estaduais. A Fifa disse que não tinha "conhecimento" de qualquer dano estrutural na instalação. 

Por sua vez, o Ministério Público do Mato Grosso ressalta que não vai permitir que o estádio seja utilizado para jogos até terem a certeza de que a instalação é segura. "Vamos garantir que nenhum jogo aconteça (no estádio) até que a segurança esteja completamente garantida", diz Clóvis de Almeida, promotor público.

Está na programação do Mundial a realização de quatro jogos na Arena Pantanal: dia 13 de junho, Chile x Austrália, 17 de junho Rússia x Coréia do Sul, 21 de junho Nigéria x Bósnia e finalmente no dia 24 de junho Japão x Colômbia.

A Fifa alertou que estádios inacabados poderão ser excluídos do Mundial. Hoje o atraso mais preocupante é da arena de Curitiba. Qualquer exclusão custaria milhões de dólares para as cidades e seria um enorme constrangimento para os políticos locais e os organizadores da Copa do Mundo. Não há como esconder que o Governo enfrentará um período tenso nas próximas horas.

Secopa nega 

Neste domingo (16), após a veiculação da notícia produzida pela Reuters, a assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) divulgou uma nota assegurando que a Arena Pantanal não apresenta danos na sua estrutura. Sobre a visita do engenheiro que preparou o relatório, a Secopa esclarece que “ocorreu em novembro, antes de serem realizados os reparos na estrutura”.

Na nota, a Secopa ainda garante que todos os reparos necessários foram realizados, seguidos de testes de carga concentrada e ensaios de resistência das estruturas. As análises – vistoria da Concremat Engenharia e Tecnologia S.A, garantindo que não há dano na estrutura – foram de responsabilidade de engenheiros especialistas em cálculo estrutural. 





Fonte: Olhar Copa

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