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Agronegócios
Quinta - 20 de Março de 2014 às 22:02

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 A gripe aviária na China, que nos dois primeiros meses do ano causou prejuízos ao setor e impactou em 20% o consumo de ração à base de farelo de soja, tem levado grandes empresas importadoras da oleaginosa a traçar estratégias para evitar prejuízos. Isso por que, com menos frangos para alimentar, as indústrias de ração naquele país diminuíram o ritmo de esmagamento.

De acordo com uma fonte chinesa da Agência Reuters de notícias, há traders tentando cancelar compras de cargas de soja feitas no Brasil e com carregamento previsto para abril e maio. Fala-se em até 30 navios modelo Panamax, o que pode ultrapassar 1.8 milhão de toneladas.

Mas há outro caminho que os chineses estão tentando fazer. Uma grande importadora que comprou 360 mil toneladas de soja em Mato Grosso, está negociando com indústrias dos Estados Unidos. "Ainda estamos negociando preços. Eu acredito que todas as cargas serão vendidas ao mercado dos EUA, é só uma questão de preço", disse o executivo, à Reuters.

A empresa precisa encontrar um local para a soja que já comprou. Como há queda nas compras na indústria chinesa e, as datas dos carregamentos nos portos brasileiros se aproximam, a trader se vê obrigada a se desfazer do produto, inclusive até com prejuízo. 

O executivo disse que ao vender para o mercado dos EUA, iria conseguir reduzir suas perdas para abaixo de 16 dólares por tonelada, comparado a cerca de 110 dólares/ton que perderia vendendo a soja no mercado doméstico chinês.

A mesma companhia já havia revendido para os Estados Unidos quatro carregamentos de soja da América do Sul, com embarque no final de março. Os carregamentos geralmente são de 55 mil a 60 mil toneladas.

Outra manobra dos importadores que poderá ter impacto no Brasil é o atraso no carregamento de soja. Uma grande empresa chinesa está tentando atrasar o despacho de 30 navios Panamax que estão previsto para abril. Isso ajudaria a equilibrar a oferta no mercado chinês, além de diminuir o impacto na deficitária logística brasileira, principalmente nos portos.





Fonte: Agro Olhar

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