Tangará: adolescentes que atearam fogo e mataram andarilho serão encaminhados para o Pomeri
Os adolescentes acusados de matar o andarilho Firmino Escobar da Silva, 48 anos, foram ouvidos em audiência de apresentação realizada na tarde desta quarta-feira no Fórum de Tangará da Serra.
A audiência foi presidida pelo juiz Flávio Maldonado que determinou o internamento dos infratores. Os menores devem ser encaminhados para o Complexo Pomeri na capital do Estado ainda na manhã desta quinta-feira.
Segundo o promotor de justiça Milton Pereira no depoimento os adolescentes alegaram que não tinham a intenção de matar, somente dar um susto no andarilho que teria discutido com um dos menores daquele grupo. “Mas isso aí são versões apresentadas por eles, e que serão checadas com outras informações, outras provas que vão aparecer ainda no âmbito do processo”, declarou o promotor.
O promotor disse ainda que no momento do depoimento os adolescentes demonstraram arrependimento e até se emocionaram com os fatos, mas que não dá pra analisar profundamente o estado de ânimo deles. “Isso vai ser feito por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, assistente social e essas pessoas que são preparadas tecnicamente pra esse tipo de situação e vão fazer os laudos e encaminhar ao juiz”, finalizou.
No dia 8 de março será realizada mais uma audiência desta vez com as testemunhas do caso.
O CRIME - Firmino Escobar da Silva, 44 anos, conhecido como ‘Índio’, dormia sob a cobertura da igreja matriz na região central da cidade, quando foi atacada por adolescentes entre eles uma menina. Eles jogaram álcool e atearam fogo no andarilho.
Com 45% do corpo queimado o andarilho foi socorrido pelo SAMU, deu entrada na UTI, mas não resistiu e morreu. Em menos de 24 horas, a Polícia Civil identificou e apreendeu todos os adolescentes responsáveis pelo crime.
MENORES PLANEJAVAM FUGA – Segundo informações levantadas pela reportagem da Rádio Pioneira, um comparsa do grupo escondeu uma serrinha dentro do exaustor do banheiro do Fórum na tarde desta quarta-feira durante a audiência.
Após um dos menores pedir insistentemente para ir ao banheiro, os agentes penitenciários fizeram uma revista e encontraram o material. Esta não foi a primeira tentativa de fuga dos adolescentes. No período que ficaram apreendidos na Delegacia de Polícia eles tiveram também a ajuda de comparsas que jogaram material cortante pelo muro, com a ideia de que chegasse às mãos dos infratores.
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