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Sexta - 02 de Maio de 2014 às 10:23

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Os serviços de terraplanagem, escavação e pavimentação nas obras da Copa não deveriam acontecer nos últimos quatro meses, de dezembro a março. O alerta é do relatório do Tribunal de Contas do Estado que traz um estudo de que nestes meses o período de chuva é constante. “Não precisa ser especialista para se chegar a tal conclusão”, diz trecho do relatório. No documento, com mais de 100 páginas, o TCE disponibilizou um capítulo “especial” acerca do estudo do período chuvoso na Capital.

São analisados, nos últimos três anos, o quanto choveu por dia, em Cuiabá. É possível observar que de 2010 a 2013, nos meses destacados, a quantidade de chuva foi de, no mínimo, 11 dias por mês. A máxima chega a 17,5 dias de mau tempo, evitando, assim, a continuidade dos trabalhos. Neste ano, em março, a média de chuvas por mês ultrapassou 11 dias. Por isso, de acordo com o relatório, o fator climático é fundamental nas operações de escavação, aterro, compactação e troca de solo, nivelamento e nos serviços de terraplenagem e pavimentação em geral. “As chuvas são consideradas fator de extrema importância para o cumprimento dos prazos de execução de um empreendimento. E para lidar com elas não há segredo, é preciso planejamento”.

Em aterro, por exemplo, com compactação, deve-se utilizar um tipo específico de terra, de acordo com sua composição e umidade. Se o solo estiver muito seco ele se desagrega e não há compactação. Se estiver demasiadamente úmida, também não se consegue obter a compactação ideal, muitas vezes originando a situação muito conhecida como solo borrachudo.

O que se nota, segundo o TCE, é que em várias obras, os serviços de terraplanagem e escavação foram deixados para a época das chuvas, “denotando total falta de planejamento”. Ainda de acordo com o Tribunal, estes trabalhos deveriam estar concluídos em outubro do ano passado, final do período seco. “Se tivesse ocorrido desta maneira, estaríamos com quase todas as obras já concluídas. Provavelmente restariam apenas detalhes a serem corrigidos. Não estaríamos no estado de incertezas”. Ao final, é recomendável que as empresas adotem 2 ou 3 turnos de trabalho nas obras consideradas críticas. Algumas não poderão ser concluídas, caso ações como esta não sejam implementadas.





Fonte: RD News

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