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Nacional
Sábado - 03 de Maio de 2014 às 19:25

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse considerar justa a aplicação de multa em quem aumentar o consumo de água na região metropolitana de São Paulo. A iniciativa é uma das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise hídrica por que passa a capital e região metropolitana, a maior já registrada nos últimos 84 anos.

— Isso é o justo. Se dá 30% de desconto para quem reduz, também aumenta para quem gasta mais.

Alckmin falou com exclusividade ao R7, na última semana, sobre a situação crítica do sistema Cantareira e disse que o governo tem cinco ações para resolver o problema no abastecimento de água. O desconto de 30% na conta de água citado pelo tucano foi considerado por ele um "bônus".

— A medida foi o bônus. Quem economizar 20% ganha prêmio de 30%. Incialmente fizemos só na região da Cantareira, mas 76% da população economizou, teve um uso racional da água, e 37% ganhou o bônus. 39% dos consumidores não ganharam o bônus, mas tiveram uma redução do consumo. Agora expandimos para toda a região metropolitana.

Entre as outras medidas citadas pelo governador está o aumento da oferta de água.

— Fizemos uma PPP [Parceria Público Privada] no Alto Tietê para aumentar de 10 m³/s para 15 m³/s a produção de água, que está abastecendo uma região que antes era abastecida pela Cantareira. De outro lado, a Guarapiranga, zona sul de SP, também está aumentando o abastecimento na região sul, aliviando também o sistema Cantareira.

Segundo Alckmin, a estiagem foi muito localizada na região de Bragantina e de Minas Gerais, mas os outros sistemas estão bem, inclusive tem reservatório com 102% de água. No meio do ano, haverá um reforço do Rio Grande, mais 0,5 m³/s serão incorporados.

Outros reservatórios

A medida de médio prazo que o governador espera por em prática para resolver o problema do sistema Cantareira é a interligação de outros dois grandes reservatórios, o Atibainha (pertencente ao Cantareira, que chegou ao nível mais baixo já registrado: 14,7%) com a represa de Jaguari (que armazena água do rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba).

— Estamos acelerando o projeto executivo para iniciar a obra em questão de quatro meses. Isso deve ficar pronto em 14 meses. Em relação ao Paraíba do Sul, estamos conversando com a ANA [Agência Nacional de Águas] e com o Rio de Janeiro, mas não interfere em nada com o Rio, porque o Jagari tem vazão mínima e não se pretende diminuir um litro nessa vazão.

Por fim, o governador pretende fazer um novo sistema de abastecimento pegando água do São Lourenço, em Juquitiba, e trazendo para São Paulo. Segundo Alckmin, já foi feito projeto, licenciamento ambiental, outorga, licitação da PPP e o consórcio já iniciou a obra.

— São 80 km e 6,2 m³/s a mais. Isso deve ficar pronto em 30 meses.





Fonte: Do R7

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