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Policia MT
Sexta - 09 de Maio de 2014 às 11:43

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Poucos bloqueadores para celular, visitas com contato físico, superlotação e poucos agentes prisionais são alguns dos motivos que levam o chefe da Inteligência da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, Marcelo Felisbino, a considerar impossível erradicar o crime as facções criminosas no atual modelo de sistema prisional brasileiro.

“Não tem como erradicar essas facções. O sistema prisional é muito debilitado, dá margem para isso. Não é culpa de quem esta lá (os agentes prisionais), é um problema de Estado, de política prisional”, ponderou Marcelo, em entrevista ao Olhar Direto. Atualmente, o Comando Vermelho Mato Grosso (CV-MT) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) atuam dentro do estado.

O primeiro teria surgido no fim de 2012 e crescia vertiginosamente a partir de meados de 2013, contando atualmente com cerca de 400 membros. Recentemente foi alvo de uma operação encabeçada pelo delegado Flavio Stringueta, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que desmantelou a estrutura administrativa da organização.

Já o segundo está em Mato Grosso desde 2010 e, apesar de já ter tido mais força e expressão, continua presente e em atividade. A região é considerada estratégica para a facção devido a longa fronteira seca com a Bolívia, um grande produtor de coca, a matéria prima da cocaína. Segundo Felisbino, o PCC no estado se resume a 80 pessoas e está totalmente sob controle.

“Não tem como acabar. Quer dizer, tem nos presídios federais, onde são 300 agentes para cuidar de 150 presos, há bloqueadores de celulares e outras tecnologias. Aqui sofremos com a falta de bloqueadores e há visita com contato. O preso tem direito a visita intima, aonde uma pessoa pode passar qualquer coisa para ele. É difícil”, lamentou.

Bloqueadores a vista

Um dos pesadelos de Felisbino no controle ao crime organizado dentro dos presídios mato-grossenses pode ser resolvido até o fim de 2014. De acordo com Luiz Antônio Possas de Carvalho, secretário de Justiça e Direitos Humanos, o governo já decidiu qual tecnologia de bloqueadores de celulares vai usar e espera entregar estes equipamentos instalados até o fim do ano.

“Nos decidimos pela tecnologia israelense. É a melhor do mundo atualmente. Não causa apenas interferência, chiados, bloqueia de vez toda e qualquer transferência de dados. Agora vamos preparar a licitação e esperamos entregar todo equipamento instalado até o fim do mandato, em dezembro”, projetou o secretário.

Ainda de acordo com Possas de Carvalho, a tecnologia israelense poderá ser usada em todas as unidades do estado por não interferir em um raio além de 25 metros longe do presídio. Esse foi um dos pontos cruciais da escolha dessa tecnologia ao invés da desenvolvida em território brasileiro. “Quanto a tecnologia que foi desenvolvida na USP, ela poderia interferir em casas próximas aos presídios, atrapalhar a vizinhança, seria um problema adicional”.





Fonte: Olhar Direto

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