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Copa 2014
Domingo - 25 de Maio de 2014 às 16:48

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O vice-presidente Michel Temer acredita que o Brasil está "muito preparado" para lidar com os protestos contra a Copa do Mundo, e ressalta que as manifestações são próprias dos países democráticos.

— Os protestos são um exercício pleno da democracia em nosso país, afirmou Temer em entrevista exclusiva concedida à Agência Efe na África do Sul, para onde viajou com o fim de assistir à posse do presidente eleito do país africano, Jacob Zuma.

Segundo Temer, "os protestos revelam ao mundo que o Brasil é um País democrático. Em um país autoritário, estes protestos não seriam permitidos".

O peemedebista afirmou à Efe não sentir "nenhum temor" quanto ao sucesso do torneio, apesar do mal-estar social e dos atrasos nos prazos fixados para a construção dos estádios e de outras obras de infraestrutura.

— A preocupação não existe por uma razão muito objetiva: o governo está muito preparado para dar resposta aos protestos, que foram sempre em pequena quantidade, declarou.

Temer argumentou que as manifestações são fruto do "grande desenvolvimento social" do Brasil na última década, na qual se transformou em uma das economias emergentes mais pujantes.

— Cerca de 35 milhões de brasileiros se incorporaram nos últimos dez anos à classe média. Quando se tornaram classe média, começaram a exigir eficiência dos serviços públicos e privados, ressaltou.

Além disso, o vice-presidente disse que as ações para exigir melhorias trabalhistas são frequentes no mundo todo, especialmente antes da realização de grandes eventos internacionais. "As reivindicações de natureza salarial são muito comuns no Brasil e em outros países", afirmou.

Temer também disse que uma boa campanha da seleção brasileira na Copa deve atenuar a pressão pelo descontentamento social no país.

— Se o Brasil ganhar o primeiro jogo e o segundo, o sentimento patriótico vai aumentar, e isso vai contribuir para que não haja manifestações, argumentou.

O vice-presidente pediu aos brasileiros que apóiem os comandados de Luiz Felipe Scolari e para que não esqueçam a "importância internacional" de seu país, que em um intervalo de dois anos terá o desafio de organizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. 





Fonte: EFE

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