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Copa 2014
Segunda - 26 de Maio de 2014 às 07:42

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Darwin Júnior - Olhar Copa

O presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de Mato Grosso (Sindetur), Oiran Gutierrez, disparou várias críticas ao governo pela falta de investimentos no setor para a Copa do Mundo de 2014. Em entrevista exclusiva ao Olhar Copa, ele revelou que os estrangeiros foram enganados.

“Os turistas foram enganados. Passaram uma imagem no exterior totalmente diferente do que nós temos aqui. A realidade é outra. Os estrangeiros vêm para ver Chapada dos Guimarães, Pantanal, mas a realidade é outra. As pontes continuam precárias, nas rodovias só se vê o mato e não poderão contemplar a natureza”, disse Oiran.

Segundo o dirigente do Sindetur, Cuiabá é uma das sedes que mais receberão estrangeiros na competição, mas pecou na questão de planejamento: “Somos a segunda cidade que vai receber mais estrangeiros durante a Copa do Mundo e pouco temos para oferecer”.

O sindicalista ainda pede para que os produtos regionais (Siriri e Cururu; Artesanato; entre outros) sejam ofertados para estas pessoas: “É o que nós temos para trabalhar, portanto precisamos espalhar isto por toda a cidade. Temos que recepcioná-los da melhor forma possível. Os benefícios disso ficam para Cuiabá”.

Oiran admite entender a revolta da população com os atrasos que acometem a maioria das obras da Copa do Mundo de 2014: “Se os nossos governantes tivessem dado conta que não ficaria pronto, tudo bem. Mas o problema é que mentiram e isso revoltou a população, é algo duro de aceitar. O secretário-geral da Fifa esteve na cidade e o governador estava detido, a nossa imagem acaba manchada”.

O presidente do Sindetur ainda criticou a frase dita pelo secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, que disse em entrevista a Folha de S. Paulo que “turistas querem festa e não viaduto”: “É inadmissível dizer uma barbaridade dessas”.

“O maior dos legados seria os turistas saírem de Cuiabá satisfeitos, recomendando a cidade para outras pessoas. Poderiam estar hoje elogiando nosso aeroporto, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), entre várias outras coisas. O que podia ser feito pela iniciativa privada, nós fizemos. Conseguimos aumentar o número de leitos expressivamente, claro que não vamos conseguir atender toda a demanda, mas isso acontece em vários lugares. Na Alemanha eu vi pessoas dormindo em carros”.





Fonte: Olhar Direto

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