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Internacional
Terça - 01 de Julho de 2014 às 08:28

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Pelo menos 54 pessoas morreram em ataques contra várias igrejas do nordeste da Nigéria cometidos no domingo (29) pelo grupo islamita Boko Haram, declarou na segunda-feira (30) uma autoridade local à AFP.

"Até o momento há 54 mortos", declarou um funcionário do governo do estado de Borno, que pediu o anonimato.

Os ataques ocorreram em quatro aldeias ao redor de Chibok, a cidade onde mais de 200 meninas foram sequestradas no abril.

Os criminosos, que circulavam de moto, lançaram bombas nas igrejas de Kwada, Ngurojina, Karagau e Kautikari durante a missa de domingo, segundo testemunhas.

Segundo um líder local de Chibok, os moradores encontraram dezenas de corpos, mas a busca prossegue e o balanço pode ser muito mais grave.

Mike Omeri, porta-voz do governo federal, declarou à agência France Presse que não recebeu um balanço oficial das autoridades locais.

A insurreição do Boko Haram, cujo nome significa 'A educação é pecado' na língua Hausa, também costuma atacar recintos esportivos e centros de retransmissão das partidas da Copa do Mundo no Brasil.

As autoridades dos estados de Adamawa (nordeste) e Plateau (centro) proibiram, nesse sentido, a exibição dos jogos em telões, embora esses centros e bares sejam, por vezes, a única opção para assistir os jogos contra os cortes eletricidade diários.

Na Nigéria, os torcedores temem novos atos de violência.

'Estamos muito preocupados em Lagos (...), quando vemos e ouvimos o que está acontecendo em outros estados do país', declarou Femi Adeeko, de 66 anos, proprietário de um hotel em Lagos, localizada 2.000 km ao sul do epicentro da violência.

A seleção da Nigéria chega pela primeira vez na sua história as oitavas de final de uma Copa do Mundo desde 1998.

No domingo, o meia da Nigéria John Obi Mikel declarou que os ataques do grupo radical islâmico não vão 'afetar' a seleção nacional. 'É uma tragédia, mas estamos aqui para fazer nosso trabalho. Temos uma partida para jogar. É preciso continuar vivendo', afirmou o jogador do Chelsea.

O líder do grupo islâmico, Abubakar Shekau, descreveu em várias ocasiões o futebol como uma perversão ocidental que procura alienar os muçulmanos da religião.





Fonte: Da France Presse

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