Ataques islamitas contra igrejas na Nigéria deixam mais de 50 mortos Segundo funcionário do governo, ao menos 54 pessoas morreram. Os ataques ocorreram em quatro aldeias ao redor de Chibok.
Pelo menos 54 pessoas morreram em ataques contra várias igrejas do nordeste da Nigéria cometidos no domingo (29) pelo grupo islamita Boko Haram, declarou na segunda-feira (30) uma autoridade local à AFP.
"Até o momento há 54 mortos", declarou um funcionário do governo do estado de Borno, que pediu o anonimato.
Os ataques ocorreram em quatro aldeias ao redor de Chibok, a cidade onde mais de 200 meninas foram sequestradas no abril.
Os criminosos, que circulavam de moto, lançaram bombas nas igrejas de Kwada, Ngurojina, Karagau e Kautikari durante a missa de domingo, segundo testemunhas.
Segundo um líder local de Chibok, os moradores encontraram dezenas de corpos, mas a busca prossegue e o balanço pode ser muito mais grave.
Mike Omeri, porta-voz do governo federal, declarou à agência France Presse que não recebeu um balanço oficial das autoridades locais.
A insurreição do Boko Haram, cujo nome significa 'A educação é pecado' na língua Hausa, também costuma atacar recintos esportivos e centros de retransmissão das partidas da Copa do Mundo no Brasil.
As autoridades dos estados de Adamawa (nordeste) e Plateau (centro) proibiram, nesse sentido, a exibição dos jogos em telões, embora esses centros e bares sejam, por vezes, a única opção para assistir os jogos contra os cortes eletricidade diários.
Na Nigéria, os torcedores temem novos atos de violência.
'Estamos muito preocupados em Lagos (...), quando vemos e ouvimos o que está acontecendo em outros estados do país', declarou Femi Adeeko, de 66 anos, proprietário de um hotel em Lagos, localizada 2.000 km ao sul do epicentro da violência.
A seleção da Nigéria chega pela primeira vez na sua história as oitavas de final de uma Copa do Mundo desde 1998.
No domingo, o meia da Nigéria John Obi Mikel declarou que os ataques do grupo radical islâmico não vão 'afetar' a seleção nacional. 'É uma tragédia, mas estamos aqui para fazer nosso trabalho. Temos uma partida para jogar. É preciso continuar vivendo', afirmou o jogador do Chelsea.
O líder do grupo islâmico, Abubakar Shekau, descreveu em várias ocasiões o futebol como uma perversão ocidental que procura alienar os muçulmanos da religião.
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