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Segunda - 14 de Julho de 2014 às 08:29

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‘Mudança de verdade’. O slogan da campanha de José Marcondes Neto, o Muvuca, candidato do PHS ao governo do Estado é uma síntese das necessidades de Mato Grosso. Sem contar com apoio financeiro exponencial, Muvuca se adjetiva como a ‘antítese do atual sistema’. Em visita à redação do Olhar Direto na tarde de sexta-feira (11), o candidato garante que possuiu um projeto exequível e reafirma não ter medo de ser submetido ao crivo popular e se propõem ao término do seu segundo ano de governo a ser submetido a um plebiscito.


“Sou a antítese desse sistema”, afiançou. Ele garante que terá uma campanha limpa. “Sim, eu sou contra panelinha do Ludio, do Pedro Taques, do Riva”, disse Muvuca, classificando todos como um mesmo modelo elitista.

Com um projeto de trabalho pautado em três grandes frentes de trabalho, ele garante que irá percorrer todos os 141 municípios em uma campanha sem ostentação, mas rica na proposição de ideias. “Minha militância começou aos 15 anos. Tenho nas veias o desejo de mudança. Meu avô integrou a coluna de Carlos Prestes”.

Com estimativa de gastos até R$ 10 milhões, Muvuca conta que até o momento tem “a conta aberta, com CNPJ regularizado", mas reafirma que "nem sob tortura aceito doações do agronegócio. Os grandes financiadores estão nesse campo. Eu quero tirar esse encosto para dar demonstração que não tenho dívidas, rabo de palha, nenhum setor nocivo sob ponto de vista da ética e da moralidade na administração pública”.

Apesar de não ter apresentado as contas para julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 2012 (após a desistência na corrida a uma vaga para vereador em Cuiabá), ele garante que pode concorrer. “Meu advogado me garantiu. Agora. Agora, minha preocupação é fazer chegar meu conjunto de ideias as pessoas..”.

Ele cita que três blocos de tarefas norteiam seu projeto de trabalho – o primeiro é o equilíbrio tributário, buscar o enfrentamento a Lei Kandir, que isenta de IMCS produtos primários e semi-elaborados para exportação. “Para resolver essa equação e colocar dinheiro em caixa. Diminuição dos tributos para classe trabalhadora e desoneração do agronegócio. Vou colocar mais R$ 2,5 bilhões em caixa com essa medida e ainda fazer com que o agronegócio pague o que é desonerado hoje. Ainda é necessário citar um grande esforço fiscal para receber dos caloteiros do Estado. Uma massa de 500 grandes caloteiros e com essa medida insiro mais R$ 1,5 bi na economia. Defendo a revisão dos incentivos fiscais para empresas de fora porque é predatório dar incentivo para Havan, por exemplo, para ela concorrer com os pequenos que não conseguem suportar essa carga tributária”.

Outra ação de Muvuca, diz respeito a garantir a celeridade, eficiência, redução de pessoal na máquina pública e valorização dos profissionais. “Temos de trabalhar junto um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos com todas as categorias do funcionalismo público, assim como diminuir mordomias no Estado. Exemplo, hoje nós temos 380 carros de luxo para secretários, além de motoristas. É injusto um cara que ganha R$ 20 mil ter tudo isso. Um funcionário que ganha R$ 3 mil paga tudo, sua comida, combustível.

Como estratégia para garantir a redução dos gastos, ele ainda defende a fusão de pastas. “Vamos fazer um estudo para fusão de secretarias. Não posso ainda citar quais serão, mas a ideia é diminuir o tamanho da máquina, assim como salários de marajás”. Ele cita ser premente a realização de concursos públicos. “A ocupação de cargos públicos não pode ser realizadas por meio da guetificação, do loteamento”.

Ele ainda elenca a necessidade do combate sistemático a corrupção, política de estado. “Como vou fazer isso? Por meio dos órgãos de governo. Houve indícios, eu vou afastar. Não vou esperar que a imprensa esteja em cima. Hoje, o cara só é investigado depois que a imprensa tá em cima. Vou inverter essa lógica. Eu sei como colocar dinheiro em caixa e dar celeridade para máquina pública e vou conseguir cumprir o terceiro bloco, que é o de investimentos em gente, nos setores de ponta da sociedade, educação, saúde, segurança. Resgate social das 160 mil pessoas abaixo da linha de pobreza”.

Para consolidar seu projeto, ele propõem “um recall’. "Uso essa palavra porque não tem um paralelo no Brasil. Se meu conjunto de ideias não for colocado em prática em dois anos eu proponho um plebiscito. Para demonstrar que minhas promessas e meus compromissos não são vazios. Eu sei onde está o dinheiro, sei equacionar os problemas tenho capacidade de enfrentamento e não tenho rabo preso", ponderu ele. "Eu consigo mudar. Minha proposta é pra quatro anos, mas os sistema não guarda nenhum paralelo com as necessidades e padrão de essencialidades da população. As demandas populacionais não são estanques que você possa espelhar um plano de governo ou projetar em um mandato”, observou Muvuca.

Ele finaliza avaliando: "meu conteúdo melhor, mas é preciso explorar porque sou contra o sistema. Essa é a dialética, em um discussão oca e vazia pelo poder. Uma discussão que não reflete os dramas reais da população e as campanhas se resumindo a ataques pessoais”.





Fonte: Olhar Direto

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