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Quarta - 24 de Setembro de 2014 às 08:41

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O juiz da 5ª Vara Federal, Jeferson Schneider, marcará audiência para ouvir três pessoas citadas no depoimento do ex-secretário de Estado Eder Moraes, preso na operação Ararath. Elas seriam testemunhas de defesa do réu e comprovariam as transações feitas por Eder com a Globo Fomento, o que desmentiria a delação feita pelo empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. 


Caso seja constatado que o empresário mentiu na delação, ele corre o risco de ser preso e perder os direitos adquiridos por ter entregado todo o esquema, que consistia na lavagem de dinheiro por meio de factorings e até mesmo de empréstimos feitos por meio da Amazônia Petróleo para políticos e empresários de Mato Grosso.

Schneider deu 72 horas para que o advogado de defesa de Eder, Ronan de Oliveira, qualifique como testemunha o advogado Kleber Tocantins e os empresários Rodolfo Aurélio Borges Campos e Abel Oliveira, proprietários das empresas Ecomind e Oliveira Associados, respectivamente.

Tais testemunhas que ainda serão ouvidas teriam acompanhado as transações de Eder junto à factoring de Mendonça. A data do depoimento ainda não foi marcada. O magistrado já ouviu cerca de 20 pessoas no processo, arroladas pelas defesas dos réus na ação.

Apesar de ter acatado o pedido para ouvir três novas testemunhas no caso, o magistrado rejeitou o pedido para ouvir o pai do empresário Júnior Mendonça, Gércio Mendonça, os irmãos Cláudio Fernando Mendonça e Roni Henrique Mendonça, além da colunista Kharina Nogueira, autora das denúncias que resultaram na deflagração da operação Ararath, dividida até o momento em cinco fases, e o promotor de justiça do Ministério Público Estadual Marcos Regenold, que aparece em interceptação telefônica com Eder Moraes e chegou a ser afastado do cargo.

A defesa de Eder irá aguardar o magistrado ouvir as novas testemunhas citadas pelo ex-secretário para solicitar novamente que o réu possa prestar outro depoimento. Caso, o magistrado mantenha o indeferimento do pedido, a defesa deverá ingressar com recurso junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) para garantir que o ex-secretário apresente novas informações.

A ação que tramita na 5ª Vara Federal também tem como réus a esposa de Eder, Laura Tereza da Costa Dias, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes, e o superintendente regional do BicBanco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol.

A operação Ararath investiga um esquema de transações financeiras clandestinas desde 2005 que movimentou centenas de milhões. Na última fase da investigação, além de Eder Moraes, foi preso também o deputado José Riva (PSD). Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no apartamento do governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ser detido por posse ilegal de arma, mas pagou fiança e foi liberado. O senador Blairo Maggi (PR) também é alvo da Polícia Federal, mas o inquérito corre em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal, já que o republicano possui foro privilegiado.





Fonte: Do DC

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