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Sexta - 07 de Novembro de 2014 às 21:26

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Foto: Assessoria

Prefeito aduz que gestor do Santo Antônio dificultava abertura do hospital regional para faturar alto com UTIs

Prefeito aduz que gestor do Santo Antônio dificultava abertura do hospital regional para faturar alto com UTIs

A intervenção administrativa no Hospital Regional de Sinop, que estava sendo gerenciado pela Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (gestora do Hospital Santo Antônio), gerou uma agressiva troca de acusações nesta sexta-feira, entre o advogado Cláudio Alves Pereira, curador da entidade, e o prefeito Juarez Costa (PMDB).

No período da manhã, Cláudio Alves concedeu entrevista coletiva para dizer que a fundação deixou de ser a administradora do hospital regional e que cumprirá a obrigação institucional somente pelo Santo Antônio, atendendo ao Sistema Único de Saúde (SUS) com Autorização de Internação Hospitalar (AIH).

O curador também aproveitou para acusar o governo do Estado do atraso de repasse de recursos para pagamento de AIH’s. Pereira ainda acusou o prefeito sinopense de fazer “politicagem” para que a gestão do hospital regional fosse retirada da instituição.

“A população vai sofrer por causa do prefeito municipal e por causa daquele que hoje está lá como interventor [Manoelito da Silva Rodrigues, diretor do Polo Regional de Saúde] (...) O prefeito que articulou tudo, diz o seguinte: ‘A saúde do jeito que está, não está boa’ e deve voltar para o tempo da ambulância”, referindo-se ao transporte de enfermos para hospitais de Sorriso e Cuiabá.


O advogado também falou que o hospital não foi aberto por causa de falta de repasses de verba para aquisição de alguns itens, como grupo gerador, e que o prefeito teria sugerido a locação do equipamento. Cláudio rechaçou essa prática. “O mais importante é ele [Juarez Costa] não medir a fundação com a régua dele”, cutucou.

Juarez responde

O prefeito foi à TV Capital rebater as acusações de Cláudio Alves Pereira. O gestor municipal, em tom áspero, acusou o diretor do Hospital Santa Antônio, Wellington Randall, de fazer manobras de bastidores – inclusive dentro da Secretaria de Estado de Saúde - para evitar que o hospital regional fosse aberto em sua plenitude, com 25 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

“Por que em Sinop existem 25 UTI’s prontas e equipadas e não estão funcionando? (...) Existe uma verdadeira ‘máfia das UTIs’ instalada em Mato Grosso, inclusive em Sinop. Se você for lá ao Santo Antônio hoje precisando de UTI e tiver um leito vago, você não consegue, nem se tiver plano de saúde, pois estão dificultando o acesso para que seja garantida a vaga judicialmente”, acusou Juarez Costa.

O prefeito de Sinop embasa sua versão em uma investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e contra o Patrimônio Público, com sete mil páginas, que apontaria a prática ilegal e criminosa. Atesta Juarez que, uma UTI particular custa pouco mais de R$ 1 mil a diária, mas que via judicial – que bloqueia o dinheiro do Estado e repassa aos hospitais particulares – o valor cobrado gira em R$ 10 mil.

“Então eles não querem ter UTI pelo SUS, eles querem judicializar para ganhar dez vezes mais. E o raio-x do Pronto Atendimento, que não funciona, pois eles não mandam arrumar. Se alguém precisar de um exame de imagem, tem o laboratório deles, mas aí cobram particular. Existe dinheiro na conta para o hospital regional comprar um raio-x novo e não comprou. É uma verdadeira máfia”, apontou Juarez.

Por 28 minutos ininterruptos na televisão, Juarez ‘centrou fogo’ em Wellington Randall, a quem acusou de fazer “pilantropia” e não filantropia. Disse que a OSS recebeu mais de R$ 40 milhões para custeio e mais de R$ 7 mi para investimento. “Não funciona o hospital regional por que ele [Randall ] não quer fazer funcionar”, acusou, livrando de suas afirmações os integrantes do conselho administrativo da fundação.





Fonte: Olhar Direto

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