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Politica MT
Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 09:01

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Embora a ênfase tenha sido para o corte de gastos administrativos para investir principalmente em saúde e segurança, no curto prazo, o principal desafio do governador eleito José Pedro Taques (PDT) no médio e longo prazo é atrais investimentos para Mato Grosso, como forma de gerar emprego e renda. E o fato de Mato Grosso estar no “olho do furacão”, Pedro Taques necessita convencer os investidores a conciliar práticas sustentáveis e socialmente justas com as economicamente rentáveis.

“Se houver gente capacitada para atuar no mercado de trabalho, é possível melhorar a arrecadação e, principalmente, reduzir os índices de violência, que têm crescido bastante”, pontuou Taques, em recente entrevista para o Olhar Direto. Ele se confessou alarmado ao saber que, de janeiro a setembro, o número de assassinatos foi maior do que no ano passado – na Região Metropolitana de Cuiabá, foram mais de 330 mortes, 25% a mais.

“O noticiário tem sido focado na luta do próximo governo em conseguir mais dinheiro para enfrentar os problemas. E a imprensa sempre destaca a provável redução no número de secretarias, mas essa é apenas a ponta do iciberg. É essencial atrair indústrias”, argumentou um influente consultor de Taques, com base nos dados da equipe de transição.

Pedro Taques afirmou durante toda a campanha que o maior desafio de Mato Grosso é conciliar o desenvolvimento econômico com práticas sustentáveis. E dizia que, para que isso seja possível, o Estado precisa ser um indutor de crescimento, ao invés de um “atrapalhador”, como sempre classificou a administração do governador Silval Barbosa.

“Precisamos fazer com que o Estado seja menos ‘atrapalhador’ e mais ‘fazedor’; de um Estado que contribua com a construção de um ambiente negocial propício aos investimentos. Isso passa pela eficiência da gestão pública”, afirmou Pedro Taques, durante a campanha eleitoral e depois de eleito.

Pedro Taques percorreu Mato Grosso de ponta a ponta recebendo reivindicações de fomentar a geração de emprego e renda, e apresentou seus compromissos para o desenvolvimento sustentável do Estado. Chegou a assinar documento assumindo as principais reivindicações de setores como madeireiro e do agroindustrial, para o aumento da produtividade e competitividade nos mercados nacional e internacional.

Num momento de transição, em que “quase tudo é proibido” pela legislação ambiental, no que tange ao desmatando, o governador eleito apontou rumos. “O grande desafio é que Mato Grosso maximize o potencial florestal, através de práticas sustentáveis, economicamente rentáveis e socialmente justas. Sob essa perspectiva, existe espaço para o Estado definir seus diferenciais competitivos, a fim de atrair maiores investimentos para o setor florestal”, pontuou ele.

Entre as principais medidas de estímulo à atividade no Estado, Pedro Taques gosta de apontar a necessidade de descentralização da gestão ambiental para os municípios e fortalecimento das Unidades Regionais de gestão.

“Manter diálogo permanente com todos os envolvidos, essa é a nossa missão. Além de fortalecer ações que elevem a eficiência da Sema, assumimos o compromisso de proporcionar segurança jurídica e tributária; estabelecer mecanismos de utilização da madeira de reflorestamento; e incentivar e apoiar o reflorestamento com madeiras nobres (poupança verde) com prioridade para áreas degradadas ou subutilizadas”, emendou Pedro Taques.

E o governador sabe que não irá atrair investimentos se o Estado não demonstrar ‘saúde financeira’ e equilíbrio fiscal. É certo que Pedro Taques não vai permitir que, em sua gestão, o Estado “atrapalhador” se sobreponha ao “fazedor”.

Agronegócio

Pedro Taques teve uma das campanhas mais ricas do Brasil e foi fortemente financiado pelo o agronegócio. O setor, que um dia demonstrou insegurança em relação ao projeto político do governador eleito, se tornou a principal força do candidato da oposição, no Estado.

E a cobrança por investimentos na agroindústria seria do ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer (PP), coordenador da frente desse trabalho de captação financeira junto ao agronegócio. Primo do ex-goverandor e senador Blairo Maggi (PR), Eraí criou associações reunindo mais de dois mil produtores rurais de várias regiões, que investiram sacas de soja, milho, algodão, gado e outros produtos na campanha eleitoral da coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, liderada por Taques.

E é o segmento que mais deseja investimentos em geração de emprego e renda. São os que classificaram Pedro Taques como “o melhor caminho para fazer as mudanças que Mato Grosso necessita”.  





Fonte: Olhar Direto

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