Oito homens foram condenados pela Justiça por assaltar vários bancos de Mato Grosso, na modalidade ‘Novo Cangaço’, e em um dos roubos levaram mais de R$ 1 milhão. As penas dos acusados variam de cinco a 40 anos de prisão. A sentença foi proferida pelo juiz José Arimatéa Neves Costa, titular da Vara Especializada de Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública da Comarca de Cuiabá. As prisões dos suspeitos ocorreram após uma tentativa de assalto em uma agência bancária no município de Paranatinga, a 411 quilômetros de Cuiabá, ocorrido em julho de 2011.
Segundo o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na ocasião, um dos suspeitos usava nome falso e chegou a ser preso pela Polícia Militar. Porém, foi resgatado pelos comparsas.
Por ter os documentos do assaltante, a polícia ainda continuou investigando a quadrilha e monitoramento o caso. Nisso, foi constatado que o mesmo grupo foi responsável por um arrombamento de caixa eletrônico e roubo a uma agência bancária em julho e agosto do mesmo ano nas cidades de Rosário Oeste e Campo Novo do Parecis, a 133 e 397 quilômetros da capital, respectivamente.
As prisões ocorreram nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Nobres. Na época, em poder dos criminosos, foi encontrado munições de uso restrito, um veículo utilitário adaptado para o transporte de fuzil e grande quantidade em dinheiro.
Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), autor da denúncia, entre os crimes pelo qual o grupo foi condenado estão roubo qualificado, tentativa de latrocínio, formação de quadrilha armada, lesão corporal culposa, falsidade documental, porte e posse de arma de fogo de uso restrito e permitido, além de receptação qualificada. Eles cumprirão pena na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso.
Condenações
Da quadrilha, um homem foi condenado a 40 anos e cinco meses de prisão por tentativa de latrocínio, roubo qualificado, lesão corporal, falsificação de documentos, porte de arma de uso restrito e formação de quadrilha armada. Ele utilizava nomes falsos e era fugitivo da Justiça de Recife, suspeito de explodir um muro de um presídio na região.
O segundo integrante foi condenado a 36 anos e três meses de reclusão por roubo qualificado, tentativa de latrocínio, lesão corporal, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e formação de quadrilha armada.
Outro assaltante foi condenado pela justiça a 21 anos e oito meses de reclusão por roubo qualificado, tentativa de latrocínio, lesão corporal culposa, formação de quadrilha armada. O rapaz também usava nomes falsos e já tinha sido condenado em Pernambuco por tráfico de drogas e falsidade documental.
O quarto assaltante foi condenado a 33 anos e oito meses de reclusão. Ele era fugitivo da Justiça de São Paulo e Ceará, por porte ilegal de arma de uso restrito e já foi condenado por latrocínio. Outros quatro assaltantes foram condenados a cumprir 29 anos, 17 anos, sete anos e cinco anos de prisão. A maioria deles por roubo qualificado, tentativa de latrocínio, lesão corporal culposa, porte ilegal de arma de uso restrito, formação de quadrilha armada e associação para o tráfico de drogas. Três assaltantes continuam foragidos, sendo que um é fugitivo do Ceará.
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