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Polícia Brasil
Sexta - 06 de Fevereiro de 2015 às 17:56

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Uma menina de apenas seis meses foi morta pelo próprio pai na cidade de Bela Vista de Goiás (a cerca de 51 quilômetros de Goiânia) na quinta-feira (05). A motivação teria sido o choro da criança, que estaria irritando o pedreiro Marco Aurélio Oliveira Costa, 24 anos, que, segundo a polícia, matou a pequena Ana Júlia, por asfixia.

Em depoimento, o homem negou que tenha sufocado a bebê com um cobertor, e disse que aconteceu um acidente. Mas a polícia não tem dúvidas de sua culpa, já que há provas testemunhas do comportamento agressivo do suspeito.

“Com tranquilidade a gente pode afirmar que ele é o autor do crime de homicídio qualificado contra a bebê. Ele já tem um histórico de agressão contra ela”, disse o delegado André Veloso, que está à frente da investigação. Segundo o policial, quando Ana Júlia tinha quatro meses, foi registrada uma denúncia de maus tratos contra o pai, confirmada pela mãe da criança, em novembro do ano passado. “Toda vez que ela chorava ele mordia a criança.Isso foi apurado em relatório médico”, disse o delegado. Na época, havia marcas de mordeduras nos dedos, nos braços e nas nádegas da criança, de onde chegava a sair sangue.

A agressão que levou a morte de Ana Júlia foi testemunhada por uma criança de sete anos, irmã dela – fruto de um relacionamento anterior do pai - que também estava no quarto. “Ela deu detalhes de como o pai abafava o som da criança com objetos sobre a boca”, detalhou o delegado. Segundo ele, a mãe da criança descreveu que ela foi encontrada com a cabeça toda envolvida pelo cobertor, por cima ainda uma camisa do pai, além de um protetor de berço e uma fralda. “Não há a hipótese de ter sido acidente, muito embora a gente vá pedir uma reprodução simulada dos fatos para não ter qualquer dúvida”, disse o delegado André Veloso, em coletiva.

A mãe da bebê, uma menor de 16 anos, também foi atuada por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado, na figura omissiva. “A mãe falou que escutou os gemidos dela quando ela estava agonizando e não foi verificar o que estava acontecendo com a filha”, disse o delegado, indicando a conivência dela. Ainda de acordo com o delegado, a frieza do pai assassino chama a atenção. “Em momento nenhum ele ficou comovido com a morte da criança. Ele ficou na defensiva tentando convencer do contrário, mas ele nem sofreu o luto da morte. E nunca chamou a criança pelo nome, ou de ‘minha filha’”, apontou o delegado Veloso.

Testemunhas afirmaram que o pedreiro demonstrava muita aversão ao choro e à criança. “Todos os familiares falaram que ele era uma pessoa muito agressiva, indiferente com a criança”, disse o delegado, que confirmou também que relatos informais dão conta de que a mãe da criança também era agredida pelo suspeito. O pedreiro será autuado por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, asfixia e incapacidade de defesa da vítima.





Fonte: Terra

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