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Cidades/Geral
Sexta - 20 de Fevereiro de 2015 às 02:18

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Duas escolas da rede estadual de ensino em Alta Floresta e Barra do Bugres, cujas construções estão paralisadas desde 2010, serão demolidas. Laudos técnicos realizados por uma empresa apontam que as edificações não atendem as especificações exigidas pela construção civil e colocam em risco a segurança dos alunos, professores e servidores da educação. Os laudos que tratam da necessidade de demolição das escolas são datados de 24 de janeiro e 28 de maio do ano passado, respectivamente.

Técnicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) buscam informações sobre as medidas e os procedimentos adotados pela gestão anterior, já que um parecer jurídico sugeriu o encaminhamento à Procuradoria Geral do Estado (PGE). O secretário de Educação, Permínio Pinto, também pediu urgência nas providências à equipe para que o erário público possa ser ressarcido. Só após este parecer da Procuradoria Geral, o secretário dará encaminhamentos para o processo de demolição, ainda sem data prevista. Nas duas construções foram empregadas a quantia de R$ 976.626,09.

As inspeções nas obras de construção da escola estadual de segundo grau localizada no bairro Jardim Maracanã, em Barra do Bugres, e na Escola Estadual de Segundo Grau Ariosto da Riva, no Centro de Alta Floresta, foram contratadas pelas construtoras Aroeira Construções LTDA e XNR Construções Eireli – ME, na gestão anterior.

As obras eram de responsabilidade da construtora Holus, que abandonou as construções. Com isso, foi realizado um novo processo de licitação, cujas vencedoras foram a Aroeira e XNR Construções. Porém, estas duas empresas constataram insegurança e contrataram a perícia para identificar a capacidade de carga na estrutura de concreto armado para a construção de dois pavimentos, conforme previsto no projeto original.

A equipe de inspeção foi formada por um engenheiro civil, um técnico de recuperação de estruturas e dois auxiliares. A vistoria observou as condições gerais da obra, o registro fotográfico e a extração de testemunhos de corpos de prova da superestrutura de concreto.

A Escola Estadual de Segundo Grau Aristo da Riva foi paralisada na etapa de alvenaria, assim como a localizada em Barra do Bugres. Na primeira obra foi verificada a existência de três pilares que não constavam no projeto. Foram observadas ainda diversas anomalias no contrapiso, com fissuras e afundamento, falta de desnível entre o piso das salas e dos corredores, o que normalmente é adotado para evitar entrada de água nas salas de aulas.

Segundo o documento, alguns corpos de prova extraídos da estrutura apresentavam espessura menor que o necessário especificado pela norma brasileira. O laudo, assinado pelo engenheiro Victor Ramon Bejarano, aponta que os ensaios executados nas amostras extraídas nos pilares indicados “foram constatadas que não atendem à especificação do projeto estrutural”.

“Em primeira análise, a estrutura não suportará as cargas para o qual foi projetada e, portanto, dever ser demolida e substituída ou a finalidade do conjunto deverá ser outra, descartando a construção do pavimento superior”, diz um trecho da conclusão do laudo sobre a escola localizada em Alta Floresta. A obra contratada para abrigar a escola Ariosto da Riva é de 2010.

“Não recomendamos a opção de reforço estrutural, pois seria muito dispendioso, aumentaria as seções das peças e de resultado estético totalmente fora do padrão, além da incerteza da capacidade de cargas das sapatas, que não foram estudadas”, avisa o técnico no documento recomendado às duas unidades escolares.





Fonte: Só Notícias

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