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Quinta - 12 de Março de 2015 às 15:34

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Caminhoneiros que estavam protestando, até a semana passada, podem voltar com os bloqueios nas rodovias federais nesta sexta-feira, a partir da meia noite. Os trabalhadores estariam conversando por WhatsApp e tentando mobilizar grupos na região Sul do País, sobretudo no interior de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, informa o portal UOL/A Tarde.

Em Mato Grosso Só Notícias apurou que não está sendo organizada a retomada do manifesto. Lideranças que organizaram o bloqueio, representantes de caminhoneiros e empresas continuam hoje, em Brasília, negociando com governo as principais reivindicações - preço menor para óleo diesel e criaçãod e tabela com preços melhores para frente. "Não são cogitados bloqueios em Mato Grosso. Se houver, talvez seja somente no Sul do país. Estamos negociando ainda. Hoje tivemos uma reunião com os senadores e deixamos eles inteirados do andamento da pauta de reivindicações. O governo ainda não cumpriu nada. Por enquanto, temos apenas promessas. Segunda-feira (16) começamos os trabalhos da comissão que vai discutir, pela primeira vez, os números para chegarmos uma tabela mínima de frete. Até o dia 26 devemos ter adiantado bastante as discussões", disse, ao Só Notícias o empresário Gilson Baitaca, de Lucas do Rio Verde.

De acordo com o jornal A Tarde, a categoria parece ter se dividido: uma parte acredita que o obtido até o momento é satisfatório; a outra quer insistir no pedido de redução do preço do óleo diesel e quer ainda crédito subsidiado para custeio. Segundo o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), ele e outros parlamentares estiveram em reuniões com integrantes do governo e nesta quarta-feira, 11, ainda um grupo tentará se encontrar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para apresentar a demanda de redução de PIS/Cofins no óleo diesel.

"Tudo está sendo feito pelo WhatsApp e os grupos envolvidos seguem a rota da soja. Se não tiver uma sinalização até amanhã, pelo menos com anúncio de crédito subsidiado para custeio, eles podem parar", afirmou o deputado. "O grosso dos manifestantes são líderes locais, não existe um líder único. Eles inclusive não querem juntar as bandeiras deles às dos que pedem o impeachment da presidente", explicou.

A sexta-feira que teria sido escolhido pelos caminhoneiros, no entanto, é o mesmo dia em que o PT e os movimentos sociais marcaram uma grande manifestação em apoio à presidente Dilma Rousseff. "Nós criamos uma frente parlamentar de apoio aos caminhoneiros e tem a frente de transporte e logística. Estamos juntando uns 200 deputados para exigir uma resposta do governo antes do dia 26", disse Terra.

O dia 26 é a data marcada para o próximo encontro do governo com os caminhoneiros e foi o prazo acertado para que os grupos de trabalho criados apresentem propostas. No entanto, o movimento está querendo uma resposta antes desse prazo.

O manifesto começou em Mato Grosso, logo após o carnaval, e durou 12 dias. Houve bloqueios em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e em rodovias estaduais em Tangará da Serra, Tapurah, de acesso a Claudia, dentre outras. O protesto causou desabastecimento de combustível, gás de cozinha, produtos para construção civil, dentre outros.





Fonte: Só Notícias

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