Plantio da safrinha do algodão é concluído e cultura evolui bem em MS Bicudo foi encontrado na bordadura das lavouras em todas as regiões. Estado deve colher 130,2 mil toneladas de algodão nesta safra.

O plantio da algodão segunda safra, o safrinha, foi concluído em Mato Grosso do Sul e as lavouras, tanto do ciclo de verão quanto de inverno, estão tendo uma boa evolução, apesar de uma presença maior de pragas, como o bicudo. As informações são do mais recente relatório do programa fitossanitário da Associação Sul-Matogrossense dos Produtores da cultura (Ampasul), que foi divulgado nesta quinta-feira (12).

Na região de Chapadão do Sul, o relatório aponta que a última quinzena foi muito chuvosa, com precipitações em quase todos os dias. Apesar disso, o algodão está se desenvolvendo bem, tanto o safra, quanto o safrinha. A presença do bicudo foi detectada nas bordaduras de algumas propriedades, onde já foi identificada a postura e alimentação dos insetos.

Em contrapartida, na região de Costa Rica e Alcinópolis, as principais pragas encontradas foram o pulgão e a mosca branca, que estavam presentes na maior parte dos talhões de cultivo. A maioria das propriedades também já identificou a presença do bicudo nas bordaduras das lavouras e em algumas o inseto foi encontrado no interior das áreas, o que demanda atenção redobrada dos produtores nas ações de manejo contra a praga.

Nesta região se tornam mais evidentes também os esforços no controle de plantas voluntárias (tigueras) nas margens das rodovias. O trabalho, além de contribuir na limpeza do espaço coletivo, elimina a possibilidade dessas plantas hospedarem pragas e doenças que são prejudiciais aos agricultores, diminuindo a necessidade do uso de defensivos.

Por sua vez, na região de Sidrolândia, as lavouras do algodão safra estão entrando na fase final do ciclo. Os primeiros talhões semeados já apresentaram a abertura das maças e foi identificada a presença do bicudo no interior da área comercial. Também, foi finalizado o plantio do algodão safrinha. As primeiras áreas semeadas já emergiram e apresentam bom desenvolvimento até o momento.

Em Aral Moreira, no extremo sul do estado, o algodão também está na fase final de seu ciclo. As plantas apresentam um boa abertura de frutos até o momento, porém as constantes precipitações têm favorecido o apodrecimento de algumas maçãs do baixeiro. Estima-se que na próxima semana seja realizada aplicação de desfolhantes. Em relação às pragas, mosca branca e pulgão estão com índices de infestação baixos.

Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado cultiva no ciclo 2014/2015, 31 mil hectares com algodão e deve colher cerca de 130,2 mil toneladas, um volume 18,8% menor que as 160,3 mil toneladas da temporada anterior.