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Quarta - 15 de Abril de 2015 às 12:03

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Embora sustente ser oposição ao governo Pedro Taques (PDT), o senador Wellington Fagundes, enquanto presidente do PR em Mato Grosso, evita tecer críticas contundentes ao comentar sobre o balanço dos 100 dias de gestão do pedetista, principalmente, quanto a situação financeira. Ele também não quis atribuir uma nota à gestão de Taques, mas avalia que o secretariado escolhido pelo governador ainda não possui o real conhecimento da máquina pública. O republicano também mostra certa insatisfação com os primeiros 3 meses de governo do ex-senador que exerce seu segundo mandato eletivo.


A principal crítica feita por Fagundes diz respeito ao ritmo dos primeiros meses do governo Pedro Taques, considerado lento, já que as primeiras medidas adotadas foram suspender o andamento de obras e programas já lançados para fazer auditorias, tanto em pagamentos quanto na qualidade das obras executadas pelo antecessor. Para Fagundes, Mato Grosso não vive uma crise e dessa forma o governador não teria motivos para desacelerar a gestão nesses primeiros meses.

“Os 100 dias é uma marca que aconteceu com o Roosevelt [Franklin Delano] , nos Estados Unidos, e que aquilo tirou o país de uma crise. Então foram 100 primeiros dias que ele pediu de trégua. Mato Grosso não vive crise, nós somos ainda o Estado que mais desenvolve no país, são 900 mil quilômetros quadrados, 3,5 milhões de habitantes, ainda muitas áreas sendo abertas. Um Estado que ainda tem um índice de desemprego muito baixo”, destacou.




Fagundes pontua que no Estado a situação é o contrário. “Muitas áreas hoje não têm um trabalhador, precisamos qualificar mais esse trabalhador. Portanto, não é o caso ao meu ver dos 100 dias do Estados Unidos, aqui é um caso, uma situação que o governador está implantando sua característica de governar. Ele fez uma campanha do modelo dele e está implementando. Acho que formou um secretariado com pessoas competentes, mas que às vezes não conhecem ainda o que que é a máquina pública, como funcionar a máquina pública”, criticou

O senador acredita que 2015 será um ano em que Pedro Taques vai ter o tempo do seus ajustes, de mostrar inclusive, a personalidade do próprio governo em si, que é a figura de toda uma equipe. “Então, principalmente por eu ser de oposição vamos dar mais tempo, não vejo que é o momento ainda de estar dando nota. É claro que a população vai avaliar, as pesquisas vão começar a aparecer e ai a gente vai analisando junto com a população, mas eu não quero aqui ter a pretensão de dar nota”, destacou.

Oposição- A atuação do PR dentro da Assembleia, de acordo com o senador, é de oposição, o que na prática não se confirma, pois apenas Mauro Savi é considerado oposicionista dentro da casa, de um total de 5 deputados republicanos. “O PR não participou da campanha do Pedro Taques, nós estivemos em outro palanque. Então o PR, a posição partidária é de oposição ao governo Pedro Taques porque até nós entendemos que a oposição tem esse papel de alertar, de mostrar, de buscar e fazer com que o administrador erre menos”.

No entanto, Fagundes ressalta que os parlamentares do PR têm liberdade de votar na Assembleia da forma que entenderem que é mais correto, de formarem bloco e de se posicionarem. “O PR se tiver que fechar a questão sendo provocado por um membro ou parlamentar irá analisar, mas até agora nós não temos questão fechada em nada, ou seja, a atuação do parlamentar no seu dia-a-dia ela tem total liberdade do partido”.

Wellington Fagundes integrava a base governista anterior e durante o período das convenções partidárias chegou a cogitar ir para o grupo de Taques que era oposição ao grupo de Silval, mas recuou porque a chapa pedetista já tinha o ex-senador Jayme Campos (DEM) como candidato a reeleição para disputar a única vaga ao Senado no pleito de 2014. Dessa forma, seu discurso de oposição ao governo Pedro Taques não convence as principais lideranças políticas do Estado.





Fonte: Gazeta Digital

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