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Ciência/Pesquisa
Quarta - 15 de Abril de 2015 às 21:08

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O Instituto Butantan mandou para a Anvisa o pedido formal para começar a terceira fase da produção da vacina contra a dengue. A vacina vai atuar contra os quatro tipos de vírus que causam a doença. Assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovar o instituto começa os testes em 17 mil voluntários.


Os números do Ministério da Saúde mostram que, este ano, a cada 20 segundos um novo caso de dengue foi notificado no Brasil, até março. Foram 460,5 mil casos da doença. Cento e trinta e duas pessoas morreram. Noventa e oito só no estado de São Paulo.

O atacante Guerrero, do Corinthians, é mais uma vítima do mosquito da dengue. Os hospitais da capital paulista não têm mais espaço para atender tanta gente. A prefeitura montou cinco tendas pela cidade.

Em Sorocaba, no interior do estado, os agentes de saúde têm liminar para entrar nas casas fechadas. Os moradores de Pirapozinho usam pulseirinha de citronela para afastar o mosquito, e em Dracena, a população ganha sementes de crotalária, uma planta que atrai a libélula, predadora da larva do Aedes Aegypti.

O infectologista Jean Gorinchteyn diz que o método mais eficaz é combater o mosquito. Em 90% dos casos, o criadouro está dentro das nossas casas.

“As pessoas esquecem que a presença do mosquito e mesmo as larginhas que ainda vão se transformar em mosquito podem estar seja na varanda de casa, seja no jardim de um bairro elegante, de um bairro nobre”, fala o infectologista.

Se o presente é preocupante, o futuro traz esperança. Está sendo fabricada no Instituto Butantã uma vacina contra dengue. A vacina é produzida com o próprio vírus, só que enfraquecido. Os testes com humanos começaram em 2013 e os resultados são animadores.

“Diria que o sucesso da empreitada passou de longe os 90%”, fala o professor da USP e diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

A vacina será liofilizada, ou seja, na forma de pó. Deve ser diluída antes de aplicada. Um frasco dá para dez doses. A vacina não cura. Ela é uma prevenção, que vai estimular o organismo a produzir anticorpos contra o vírus.

A vacina vai programar o corpo para reconhecer o vírus com mais rapidez. Assim, quando um vírus chegar, os anticorpos já estão prontos para a guerra contra o invasor.

É só a Anvisa autorizar que a terceira fase da pesquisa, começa. “De uma maneira otimista nós vamos demorar aí um, um ano e meio para está com vacina registrada e disponível para a população”, avisa Kalil.





Fonte: G1

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