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Policia MT
Sexta - 19 de Junho de 2015 às 14:34

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Reprodução/TVCA
Empresário já havia sido investigado pelos mesmos crimes.
Empresário já havia sido investigado pelos mesmos crimes.

O empresário Ivomar Alves de Freitas, de 51 anos, acusado de estuprar adolescentes em Cuiabá, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica após obter a liberdade, por meio de liminar, concedida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, o empresário atraia vítimas com idades entre 12 e 16 anos, oferecendo a elas “um dia de princesa”, com presentes, passeios e dinheiro em troca de relações sexuais em suítes de luxo de motel.


O advogado de defesa confirmou o monitoramento eletrônico, mas não quis fornecer mais detalhes a respeito da decisão devido ao sigilo do processo. O Tribunal do Justiça determinou que o réu, ao passar a responder em liberdade ao processo, cumpra algumas obrigações, como comparecer em juízo mensalmente para comprovar as atividades diárias. Também o proibiu de acesso a bares e motéis, além de retornar para a residência a partir das 19h, diariamente.


Ivomar Alves atuava no ramo de limpeza e foi preso no dia 14 de maio na sede da empresa, localizada em um edifício comercial da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), na capital. Ele foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá, conhecido como Presídio do Carumbé.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Botelho, da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), o empresário conhecia as vítimas, todas de baixa renda, por meio de sites de relacionamento na internet. A prisão foi requerida pela Polícia Civil após a conclusão de um inquérito provocado por denúncias anônimas referentes a crimes de exploração sexual e estupro de seis meninas. O inquérito já estava concluso há três meses e o MP ofereceu ação penal contra Freitas em março.


As investigações apontaram que ele oferecia presentes como celulares, quantias em dinheiro – em geral, de R$ 100,00 a R$ 400,00 - e passeios de carro. Conforme a denpuncia, as vítimas eram levadas para manter relações sexuais com ele em suítes de luxo de um motel perto da saída de Cuiabá para o município de Chapada dos Guimarães, a 65 km de distância.


Além disso, o empresário – que se apresentava como promotor de justiça, segundo o inquérito – contava com ajuda de uma outra menina, de 14 anos, a qual também já teria sofrido violência sexual por parte dele. Por meio dela, ele conseguiria atrair outras meninas (todas menores de idade) para cometer os mesmos delitos.
Porém, segundo a polícia, todas as vítimas passaram por abordagens psicossociais e, durante as entrevistas, elas demonstraram que não entendiam a situação como uma agressão. Uma delas, de 12 anos de idade, chegou a contar aos investigadores que não se sentia como vítima porque passeava de carro com o acusado e recebia dele vários outros presentes, como um celular.


Entretanto, esta não foi a primeira vez que a Polícia Civil investigou o empresário. Ele já havia sido alvo de outro inquérito em 2011 que também resultou em ação penal na Justiça estadual por conta de outras duas vítimas. Devido à quantidade de vítimas, o delegado Eduardo Botelho crê que o acusado poderá, caso condenado, receber pena superior a dez anos de prisão.





Fonte: Do G1 MT

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