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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Julho de 2015 às 09:50

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Denúncia anônima recebida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) levou promotores a investigarem a possibilidade do ex-deputado estadual, José Riva (PSD), ter utilizado telefone celular durante os 123 dias em que esteve preso no Centro de Custódia de Cuiabá, após deflagração da Operação Imperador. O aparelho estaria registrado em nome do ex-assessor do parlamentar, Cristiano Guerino Volpato.

Riva teria mantido contato telefônico com algumas pessoas na tentativa de obstruir as investigações referentes à Operação Imperador, onde o ex-deputado é apontado como líder de um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, que resultou em prejuízos aos cofres públicos no valor de R$ 62 milhões.

No inquérito relacionado à Operação Ventríloquo, deflagrada há uma semana, e que manteve Riva preso por menos de 14 horas, constam informações sobre a suposta utilização de 03 linhas de telefone celular pertencentes a Volpato. Ligações teriam sido interceptadas e indicaram a tentativa de Riva de coagir testemunhas que o incriminariam ainda mais no esquema apurado pela Operação Imperador.

Ventríloquo

Na Operação Ventríloquo, Riva é investigado pela suspeita de ordenar um esquema de desvio cerca de R$ 10 milhões, também da Assembleia, através de pagamento fraudulento ao Banco Bamerindus, hoje HSBC.

A suspeita é de que pelo menos 18 pessoas físicas e jurídicas receberam em suas contas bancárias partes do montante.

Os nomes dos deputados Gilmar Fabris (PSD) e Romoaldo Júnior (PMDB) foram citados como beneficiários do esquema por testemunhas mas, como dispõem de foro privilegiado, a juíza Selma Rosane dos Santos Arruda encaminhou os autos para que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso conduza a investigação.

Volpato

Cristiano Guerino Volpato é ex-assessor de José Riva e aparece em outras ações penais como “parceiro” do ex-presidente da AL. Em uma delas, conforme denúncia do Ministério Público Estadual, Volpato, juntamente com Riva e o delegado da Polícia Civil, Paulo Vilela, são acusados de compra de votos em Campo Verde, nas eleições de 2010.

A juíza Caroline Schneider Guanaes Simões, da 12ª Zona Eleitoral em Campo Verde, recebeu denúncia formulada pelo MPE contra os 3 envolvidos e marcou audiência de instrução para o dia 10 de setembro de 2015, às 13h30. (Com informações de Rafael Costa, repórter do FolhaMax)





Fonte: A Gazeta

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