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Nacional
Domingo - 13 de Março de 2016 às 06:52

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Após temporal no início da noite deste sábado (12), o Rio voltou ao estágio de atenção por volta das 3h deste domingo (13) devido à chuva que foi registrada durante a madrugada. O alerta foi feito pelo Centro de Operações da Prefeitura do Rio.


Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas morreram após um desabamento na Chácara do Céu, na região do Leblon, ainda na noite de sábado. Há possibilidade de que outras pessoas estejam soterradas no local.

Também de acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa desapareceu em Rocha Miranda, na Zona Norte, após ser levada pela enxurrada. A vítima teria se afogado na Rua dos Italianos. Até as 4h, as buscas ainda eram realizadas no local.

45% do esperado para todo março
De acordo com o Sistema Alerta Rio, a chuva registrada na noite deste sábado foi 45% do que era esperado para todo o mês de março. Ainda segundo informou a Prefeitura do Rio, as Zonas Norte, Sul e Centro foram as áreas mais afetadas. A tempestade foi concentrada entre 19h e 21h.

"Nesse intervalo de duas horas, os índices pluviométricos registrados nas estações Alto da Boa Vista (165,8mm) e Tijuca/Muda (123,2mm) foram considerados históricos para a região. Ontem, em apenas 60 minutos, choveu na cidade do Rio de Janeiro o equivalente a seis horas do último temporal registrado em algumas cidades da região metropolitana de São Paulo, na última quinta-feira", informou, em nota.

Estágio de crise
Por volta das 20h, o temporal chegou a deixar a cidade em estágio de crise. A chuva forte estava concentrada na região do maciço da Tijuca, na Zona Norte, e deixou as ruas da Tijuca, Grajaú, Alto da Boa Vista alagadas e com riscos de deslizamentos de encosta.

Em torno de 7h, segundo o Centro de Operações, um deslizamento de terra ocupava uma faixa da Rua São Miguel, altura da Travessa Afonso, na Tijuca.

O estágio de crise, o mais grave dos três estágios, se caracteriza por chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, além de transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade. As equipes de emergência da Prefeitura já estão atuando.

Temporal causa alagamento na Avenida Paula Souza, no bairro do Maracanã, no Rio (Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)Na Avenida Paula Souza, no Maracanã, a grade ajuda o casal a se proteger da intensidade da chuva
(Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Temporal causa alagamento na Avenida Paula Souza, no bairro do Maracanã, no Rio (Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)Temporal alagama a Avenida Paula Souza, no Maracanã (Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Apesar da inauguração do piscinão recentemente, a Praça da Bandeira voltou a alagar e foi fechada para o trânsito - as Ruas do Matoso e Barão de Iguatemio estavam entre as intransitáveis. Desde 5 de dezembro de 2013 a Praça da Bandeira não alagava.

Na Tijuca, a esquina da Rua Dr. Otávio Kelly com General Espírito Santo Cardoso fica alagada. (Foto: Lílian Estrella/Arquivo pessoal)Na Tijuca, a esquina da Rua Dr. Otávio Kelly com
General Espírito Santo Cardoso fica alagada. (Foto:
Lílian Estrella/Arquivo pessoal)


A Prefeitura do Rio pedia aos moradores que evitassem sair de casa enquanto a chuva permanecesse forte. A previsão era que o temporal durasse por pelo menos 1 hora.

Pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes enviou a seguinte mensagem: "Estamos com um volume de chuvas muito grande no Maciço da Tijuca. Portanto, moradores ou pessoas que se deslocam para as Zonas Norte e Sul da cidade devem evitar sair de casa até que a situação melhore".

Esquina do Leblon alagada (Foto: Diana Bellizzi/Arquivo pessoal)Esquina do Leblon alagada (Foto: Diana Bellizzi/
Arquivo pessoal)

Sirenes de alerta tocaram em 39 comunidades, principalmente na Zona Sul e na região da Tijuca, para que os moradores buscassem pontos seguros nas favelas. Às 20h15, o sistema Alerta Rio registrava 106,4 mm de chuva no Vidigal e 105,2mm na Rocinha. No Alto da Boa Vista, o acumulado de chuva da última hora de temporal, às 20h20 era de 83,2mm.

Segundo o Corpo de Bombeiros, houve um deslizamento de terra no Morro da Mangueira, na Zona Norte, mas não houve registro de vítimas. O deslizamento ocorreu na localidade conhecida como Buraco Quente.

Durante o temporal, a prefeitura recomendava que a população só se deslocassem em caso de extrema necessidade, que motoristas evitassem dirigir por ruas alagadas e que as pessoas buscassem abrigos seguros, evitando contatos com postes ou equipamentos energizados. Além do mais alertava para o risco de contaminação pelas águas dos alagamentos.

Rua Heitor Beltrão, na Tijuca, alagada (Foto: Cristina Gonçalves/Arquivo pessoal)Rua Heitor Beltrão, na Tijuca, alagada
(Foto: Cristina Gonçalves/Arquivo pessoal)

Por causa da chuva forte, a Via Binário, na Zona Portuária foi fechada ao tráfego no sentido Praça Mauá, a partir da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Uma das principais vias de acesso do Rio, a Avenida Brasil registrava pontos de alagamento e lentidão no trânsito, na pista sentido Centro, entre Ramos e Benfica e no sentido Zona Oeste, entre Coelho Neto e Deodoro.

Às 20h30, segundo o Alerta Rio, a chuva já tinha diminuído bastante na região da Tijuca. E começava a chover mais forte na Piedade e em Madureira, no Subúrbio, na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, na Zona Norte, e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Uma árvore caiu na Rua Barão de Itapagipe, na Tijuca, interditando o tráfego no trecho perto do Hospital da Aeronáutica, segundo o Centro de Operações. Numa academia de Ipanema, na Zona SUl, a chuva fote inundou o salão e provocou a qued de uma aprte do teto (veja o vídeo).

Por volta das 21h, segundo o Alerta Rio, a chuva diminuiu na maior parte da cidade. Mas começou a chover forte na Região Oceânica, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.





Fonte: Do G1, em São Paulo e no Rio

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