É grave o estado de saúde do secretário de Obras, Isaías Vieira, de Santo Antônio de Leverger, cidade a 35 quilômetros de Cuiabá. Na tarde desta quarta-feira (5) ele, o motorista Wagner Rosa e mais o bombeiro aposentado Airton Miro foram baleados por um candidato a vereador durante uma reunião partidária do PDT.
As três vítimas foram socorridas às pressas e encaminhadas por uma ambulância da cidade até o Pronto-Socorro de Cuiabá. Na unidade hospitalar, Isaías e Wagner foram operados. A bala que atingiu o secretário perfurou vários órgãos, causando danos maiores ao fígado dele.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde da capital, ele está internado na Sala Vermelha do Pronto-Socorro que mantém estrutura de uma semi-unidade de tratamento intensivo. Ainda segundo a assessoria, o secretário será transferido para a UTI da Santa Casa de Misericórdia porque a UTI do Pronto-Socorro não tem vagas disponíveis.
Já Wagner está estável. A bala que o atingiu, segundo a unidade de saúde, perfurou o baço dele, mas não causou outras complicações. O bombeiro aposentado foi atingido no braço e acabou sendo submetido apenas a curativos na unidade. Ele foi liberado no final desta quarta-feira (5).
O crime ocorreu durante uma reunião que analisava um processo de infidelidade partidária contra a filha do secretário de Obras, que disputa uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade. A reunião era presidida pelo candidato suspeito de ter efetuado os disparos. Ele é policial militar e estava licenciado do cargo para disputar o pleito eleitoral. Os ânimos se exaltaram quando Isaías Vieira e os correligionários passaram a questionar a legitimidade da reunião que acabou suspensa.
Todos os envolvidos deixaram o prédio da Câmara de Vereadores que foi cedido para a reunião. O candidato suspeito de ter efetuado os disparos disse, em depoimento à polícia, que foi agredido e, por conta disso, decidiu pegar o revólver e efetuar os disparos. Detido, o suspeito prestou depoimento à polícia e foi preso em flagrante. Ele foi encaminhado para o Centro de Formação de Praças (Cefapro) que mantém militares presos provisoriamente. Ele vai responder na Justiça pelo crime de tentativa de homicídio e integrava o quadro da Polícia Militar há 10 anos.
Outro lado
Nesta quarta-feira (5), o presidente do PDT em Mato Grosso, Zeca Viana, se manifestou sobre o caso via assessoria de imprensa. Segundo a assessoria, Viana disse que não tinha informações precisas sobre o ocorrido e que quando as tivesse iria se manifestar partidariamente. Ele adiantou, no entanto, que rechaça qualquer tipo de violência.
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