Para ambientalistas, Blairo abre diálogo e é menos radical que Kátia
A nomeação do senador Blairo Maggi (PR) como ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é vista como um avanço para as questões ambientais, especialmente, em virtude de mudanças feitas em suas propriedades, que compõem o conglomerado de empresas da Amaggi. A avaliação foi feita por ambientalistas e consta em reportagem publicada pelo portal Uol nesta quarta (1º).
No texto, especialistas consultados pelo site, avaliam que a agropecuária com baixa emissão de gases estufa, que não desmata e que preserva biodiversidade e os recursos naturais ainda engatinha no Brasil. Além disso, entendem que as iniciativas são poucas e insuficientes e que a geração de emprego e renda, bem como a inclusão do pequeno agricultor também são falhas.
Mesmo diante do cenário complicado, os especialistas afirmam que Maggi é visto como uma "esperança". Na visão deles, o ex-governador e senador por Mato Grosso, possui perfil mais moderno do que o da ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. "Maggi é um representante do segmento moderno do agronegócio, bem mais do que a sua antecessora, que é pecuarista extensiva em Tocantins", diz Peter May, professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
Maggi já chegou a receber, em 2005, o prêmio denominado "Motoserra de Ouro" pelo Greenpace devido ao desmatamento provocado pela produção de soja mas, com o passar do anos e investimentos pesados, conseguiu aos poucos reverter essa imagem.
O ministro, por exemplo, se aproximou de práticas mais sustentáveis e implantou-as nas suas propriedades, assim como políticas de legalização fundiária e monitoramento por satélite de propriedades rurais e ainda o compromisso com o desmatamento zero.
"A relação com ele (Maggi) é difícil, mas é muito mais com a Kátia, que é de enfrentamento. Os setores atrasados eram mais próximos dela. Blairo é mais fácil de dialogar, a cadeia produtiva dele responde mais a demandas do comprador, que está muito mais atento", diz um dos entrevistados pelo UOL, Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
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