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Meio Ambiente
Terça - 07 de Junho de 2016 às 07:37
Por: Viviane Petroli - Olhar Direto

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Mato Grosso recuou em 12% o desmatamento no acumulado dos nove primeiros meses do calendário atual do desmatamento (agosto de 2015 a abril de 2016) se comparado com o mesmo período do ano passado. Apesar disso, segue líder na abertura de novas áreas. Somente no mês de abril foi detectada a redução de 46% na abertura de novas áreas em relação ao mês em 2015.


No acumulado dos nove primeiros meses do calendário atual do desmatamento (agosto de 2015 a abril de 2016) Mato Grosso abriu uma área de 646 quilômetros quadrados, extensão inferior aos 733 quilômetros quadrados se comparado com o mesmo período do ano passado. No mês de abril foram registrados 51 quilômetros quadrados, 46% a menos que os 94 quilômetros do mês em 2015.

Os dados são do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Pará é o segundo em desmate com 371 quilômetros quadrados abertos no acumulado de agosto de 2015 a abril de 2016, com um decréscimo de 17% em relação ao período anterior. Já Rondônia em terceiro com 243 quilômetros quadrados e o Amazonas em seguida com 242 quilômetros quadrados.

Análise realizada pelo Instituto Centro de Vida (ICV) revela que do total de desmatamento registrado no Estado, em abril, 1% ocorreu em áreas cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), 37% em áreas não cadastradas e apenas 2% em assentamentos.

Segundo o Instituto Centro Vida, tiveram maior área desmatada os municípios de (29% do total desmatado), Marcelândia (18%), Aripuanã e Nova Maringá (ambos com 8%). Em Marcelândia e Aripuanã, a maior parte dos desmatamentos ocorreram em áreas cadastradas no Sicar (100% e 94%, respectivamente).

Ainda em sua análise, o Instituto Centro Vida pontua que as áreas desmatadas constatadas variam entre 100 e 500 hectares.

A diretora adjunta do Instituto Centro de Vida, Alice Thuault, avalia que apesar do recuo apresentado nos índices de desmatamento, ainda há trabalho para ser realizado para o cumprimento das metas assumidas pelo Governador Pedro Taques durante a Conferência do Clima (COP 21), em Paris, o ano passado.

“A redução é um bom indicativo, mas continuamos com um nível de desmatamento que foi qualificado de inaceitável na COP 21 pelo próprio governador. Além disso, os dados registram desmatamentos grandes dentro de áreas cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) que precisam ser investigados”, pontua Alice Thuault.





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