Servidora de escola rural emociona Pedro Taques com almoço improvisado e confiança de não fazer greve

A simplicidade com que a ajudante de serviços gerais Leia Cristina Marques Manzan, 36 anos, explicou porque não entrou em greve, quebrou a sisudez do governador José Pedro Taques (PSDB) no último dia 4, durante visita às obras da MT-020, entre Chapada dos Guimarães e o distrito de Água Fria. “A nossa escola não entrou em greve. Estamos trabalhando, porque confiamos que senhor está fazendo o melhor por Mato Grosso e pelos servidores”, disse Leia Cristina, que há 10 anos é servidora, ao lado do marido João e das três filhas.

O não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), que implicaria em 11,28% de aumento no salário do funcionalismo, na visão da servidora da Escola São José, no Distrito de Água Fria (Chapada), significaria atraso do salário e a ruína na vida da categoria. “É essencial a gente receber no dia certo [último dia de cada mês], porque nos mantém equilibrado e com as contas em dia”, disse ela, para a reportagem do Olhar Direto.

Taques ficou com os olhos marejados, diante da confiança depositada pela servidora da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Era pouco mais de 12 horas deste sábado. Ela ouviu o governador reclamar de fome, para assessores, e se apressou em arrumar um prato de arroz com feijão e galinha caipira. “Há muito tempo não saboreava nada tão bom”, elogiou Pedro Taques, que ganhou uma galinha caipira como presente dos donos de Leia Cristina Manzon e seu marido.

A Escola São José conta com seis salas e possui 560 alunos matriculados, dos quais 200 em salas avançadas. Construída na década de 1960, foi reformada e ampliada por Pedro Taques. Até mesmo condicionadores de ar foram instalados, pela primeira vez, em meio século, além de diversas outras melhorias hidráulicas e elétricas.